O Ibovespa estende as perdas da sessão de ontem e opera com mais quedas na manhã de hoje (29), recuando 1,46% aos 93.997 pontos às 10h35, horário de Brasília. O dólar avança 0,31% contra o real no mesmo horário, negociado a R$ 5,78 na venda. A bolsa brasileira acompanha o sentimento negativo vindo do exterior, com uma segunda onda de coronavírus na Europa e nos EUA aumentando as incertezas quanto à recuperação das principais economias globais.
No plano doméstico, os investidores seguem de olho em mais um dia da temporada de balanços. Entre as companhias que divulgam os seus resultados hoje estão nomes como Totvs, ISA CTEEP, Ambev e Suzano. No cenário político, o bate boca da noite de ontem no Twitter entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e representantes do governo, adiciona preocupações sobre o diálogo entre os poderes às vésperas de decisões importantes para a economia do país, como o destino da PEC Emergencial e o financiamento do Renda Cidadã.
Os investidores digerem ainda a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado na noite de ontem, mantendo a taxa Selic em 2% ao ano, apontando preocupação com o risco fiscal e monitoramento da inflação. “Chamou atenção o trecho sobre prolongamento das políticas fiscais em resposta à pandemia, que teriam piorado a trajetória fiscal do país e que, caso não haja continuidade das reformas, isso pode elevar os prêmios de risco”, comenta Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear Corretora.
Em Wall Street, os principais índices operavam sem direção nos primeiros negócios do dia. Pesam sobre o mercado nesta manhã números positivos do PIB dos EUA no terceiro trimestre, com crescimento de 33,1% a uma taxa anualizada, o ritmo mais forte desde que o governo iniciou os registros em 1947. No segundo trimestre, a contração do PIB norte-americano foi de 31,4%. Nos balanços, reportam resultados hoje Amazon, Apple, Facebook e Alphabet (holding do Google e Twitter).
As bolsas europeias, que trabalhavam no positivo no início do dia apoiadas por balanços e retorno dos investidores às compras após as recentes liquidações, voltaram a cair depois do Banco Central Europeu frustrar as expectativas de novos estímulos aos países do bloco. O BCE afirmou vai reavaliar a necessidade de mais suporte na reunião de 10 de dezembro, quando novas projeções serão disponibilizadas.
Com uma segunda onda de infecções por coronavírus ameaçando a Europa antes do inverno, as maiores economias do bloco, Alemanha e França, anunciaram novos lockdowns. Outros entre os 19 países que utilizam o euro também estão fechando grande parte de seus setores de serviços, um golpe para a recuperação da região. (Com Reuters)
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