A Ambev divulgou hoje (29) uma queda de 9,4% no lucro líquido do terceiro trimestre, com aumento de despesas e a pandemia de coronavírus ainda pressionando margens, embora tenha mostrado crescimento de volumes e receita.
A unidade latino-americana da Anheuser Busch InBev informou que o lucro líquido ficou em R$ 2,36 bilhões no trimestre encerrado em 30 de setembro, ante R$ 2,6 bilhões um ano antes. Em termos ajustados, subiu 2,2%, a R$ 2,5 bilhões.
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A receita líquida cresceu 30,5%, para R$ 15,6 bilhões, enquanto o volume alcançou 42,4 milhões de hectolitros. Em termos orgânicos, houve alta de 15,1% e 12%, respectivamente.
A receita líquida cresceu no Brasil (21,2%), na América Central e Caribe (CAC) (1,9%), na América Latina Sul (15,1%) e no Canadá (6,4%), também considerando desempenho orgânico. No Brasil, o volume cresceu 19,8% e a receita líquida por hectolitro aumentou 1,2%.
“Todos os países apresentaram melhorias sustentadas de volume a partir do segundo trimestre à medida em que as restrições foram gradualmente flexibilizadas nos países em que operamos, com algumas exceções”, afirmou a fabricante de bebidas.
“Em Cerveja Brasil, nós tivemos uma performance consideravelmente melhor que a indústria, impulsionados pela implementação bem sucedida da nossa estratégia comercial, adaptabilidade do nosso calendário de preços e efeito líquido positivo dos subsídios governamentais no suporte à renda disponível dos consumidores”, acrescentou.
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O custo dos Produtos vendidos (CPV) aumentou em 26,6%. Em uma base por hectolitro, o CPV aumentou 13%. A despesa com vendas, gerais e administrativas (SG&A) subiu 8,9%.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 5 bilhões, alta de 15% ano a ano, enquanto a margem caiu para 32,5%, de 36,9% em igual período de 2019.
De acordo com a Ambev, o fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 7 bilhões no período, alta de 99,3% ano a ano, enquanto os investimentos (capex) alcançaram R$ 1,1 bilhão, queda de 29,5%.
“O impacto total da pandemia da Covid-19 em nossos resultados futuros permanece incerto, mas nossas ações serão orientadas no sentido de manter o momentum da nossa recuperação em formato de ‘V’ dos volumes e da receita”, citou a empresa, acrescentando que o cenário continua desafiador.
As ações da empresa acumulam queda de 28% em 2020, enquanto a empresa luta contra uma forte concorrência que pressiona os preços. (Com Reuters)
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