“A mudança climática representa uma séria ameaça ao crescimento global”, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) hoje (12), ao fazer uma declaração apelativa aos principais emissores de carbono do mundo. A ideia é que os países concordem com um piso dos preços do carbono.
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, em uma reunião com ministros da economia de 52 nações, declarou que é de extrema importância que os países adequem ao piso de carbono e executem investimentos “verdes”. De acordo com sua proposta, é preciso focar não apenas em investimentos que irão conter a pandemia do Covid-19, mas também na profunda diminuição do impacto climático causado pelas economias país poluentes. Ao fazerem isso, afirmou ela, as nações envolvidas impulsionariam o PIB global em 0,7% em média nos primeiros 15 anos de recuperação. E completou: “Mesmo enquanto estamos no meio da crise de Covid, devemos nos mobilizar para evitar a crise climática”.
Paralelamente às reuniões do FMI, o grupo composto pelos 52 países, criado em abril de 2019 e liderado pelos Ministros da Economia do Chile e da Finlândia, realizou um encontro virtual na segunda-feira (12). China e Estados Unidos, os maiores emissores mundiais de gases que retêm calor, não fazem parte da coalizão. Juntos, eles respondem por 43% das emissões mundiais.
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Segundo Georgieva, dados do FMI indicam que medidas estratégicas poderiam ajudar a alcançar um nível de emissão líquida zero até 2050, apesar da pandemia. Porém, é necessário que os países reservem parte dos US$ 12 trilhões, destinados à estímulos fiscais, para os chamados “investimentos verdes”.
Por isso, de acordo com a diretora do FMI, a precificação do carbono deve estar no centro da estratégia de combate aos impactos climáticos. “É fundamental fazer a implementação certa, inclusive para proteger as pessoas e setores vulneráveis para garantir uma transição justa”, conclui Georgieva.
Preocupada com a ameaça atual ao Acordo de Paris, Georgieva pediu aos principais emissores que adotassem um piso para ao preço do carbono. Isso, segundo sua visão, seria vital para alcançar a necessária uma redução entre 25% e 50% das emissões na próxima década. (Com Reuters)
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