O Santander Brasil divulgou hoje (27) lucro líquido acima do esperado para o terceiro trimestre, com ganhos em operações no mercado elevando a margem financeira, apesar da crise desencadeada pelo coronavírus.
O lucro líquido alcançou R$ 3,9 bilhões nos três meses encerrados no final de setembro, alta de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior e 47% superior às estimativas compiladas pela Refinitiv.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
Já na Europa, o espanhol Santander espera que seu lucro principal em 2020 supere as atuais expectativas do mercado, ajudado em parte pela economia de custos adicional de € 1 bilhão na Europa até 2022, que pode incluir milhares de cortes de empregos.
Mais ganhos de eficiência e melhor comportamento de clientes no pagamento de empréstimos permitiram ao banco prever um lucro recorrente de cerca de € 5 bilhões para o ano todo, após um retorno do lucro no terceiro trimestre.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
“A recuperação de nossos negócios está progredindo bem, e o terceiro trimestre foi significativamente mais forte do que o segundo”, disse a presidente-executiva do conselho, Ana Botín, em comunicado hoje (27). “As receitas aumentaram 18% em euros constantes, uma vez que a atividade voltou perto dos níveis anteriores à pandemia.”
O jornal espanhol Expansión informou que o Santander planejava demitir cerca de 3.000 de seus funcionários, cerca de 11% de sua força de trabalho na Espanha, devido ao impacto econômico do Covid-19 e à mudança dos clientes para os canais digitais.
O vice-presidente financeiro da companhia, José Antonio García Cantera, disse à Bloomberg hoje (27) a que o banco iria discutir cortes de empregos com os sindicatos sem fornecer um número preciso.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
O lucro líquido estatutário do Santander triplicou no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, mas em uma base recorrente o lucro do banco caiu 18% no mesmo período, para € 1,75 bilhão, devido a mais provisões relacionadas ao coronavírus.
O Santander tem se concentrado em seus negócios na América Latina para ajudá-lo a enfrentar as difíceis condições dos bancos na Europa. Mas seus mercados principais, que vão do Brasil à Espanha, foram alguns dos mais atingidos pela pandemia, com as moedas dos mercados emergentes mais fracas exacerbando o efeito. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.