O volume de serviços cresceu 2,9% em agosto, na comparação com julho, e chegou à terceira alta seguida, acumulando crescimento de 11,2% no período. Esse resultado, porém, ainda não foi suficiente para recuperar as perdas de 19,8% entre fevereiro e maio. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE.
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Já em relação a agosto de 2019, o volume de serviços recuou 10%, sexta taxa negativa seguida nessa base de comparação. No acumulado em 2020, a queda é de 9%. Em 12 meses, o recuo é de 5,3%, mantendo o indicador em trajetória descendente iniciada em janeiro e chegando ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador, iniciada em dezembro de 2012.
“Apesar de três altas seguidas, o setor de serviços ainda está 9,8% abaixo do patamar de fevereiro (-1,1%)”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, lembrando que a queda registrada em fevereiro não tem relação com a pandemia. “Esse recuo foi conjuntural e refletia, à época, uma acomodação do setor frente ao maior dinamismo apresentado no fim do ano passado. Portanto, os serviços acumularam na pandemia, entre março e maio, perda de 18,9%”, explica.
O avanço na passagem de julho para agosto foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para serviços prestados às famílias, que cresceu 33,3%, impulsionados pelos restaurantes e hotéis. A alta dessa atividade foi a maior da série histórica, mas ainda está distante do patamar de fevereiro (-41,9%), mês que antecedeu o início do distanciamento social para controle da disseminação do coronavírus.
“Passados os meses mais críticos da pandemia, em março e abril, a atividade de serviços prestados às famílias registrou as três maiores taxas de toda série histórica: 33,3% em agosto, 14,4% em junho, e 13,8% em maio. Mas mesmo com esses recordes, ainda está muito distante de recuperar as perdas de março e abril, tamanha a queda. Para que os serviços prestados às famílias voltem ao patamar de fevereiro, ainda precisam crescer 72,2%”, diz Lobo. (Com Agência IBGE)
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