O bitcoin (BTC) bateu o recorde de preços no Brasil hoje (20), negociado a R$ 100 mil por volta das 14h40, horário de Brasília, nas principais exchanges do país. O preço da criptomoeda é favorecido pelo elevado patamar do dólar, que era negociado a R$ 5,37 no mesmo horário, mas a tendência altista é também observada no exterior, com a cotação da cripto rondando a faixa dos US$ 19 mil nesta tarde.
Além do halving de maio que cortou a mineração pela metade (entenda os impactos do halving na cotação do BTC), a entrada de investidores institucionais e grandes players no mercado, como o PayPal, colaboram para o sentimento e ajudam a afastar os rumores de que o rally nos preços é, na verdade, uma nova bolha, a exemplo do que aconteceu em 2018.
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“O bitcoin assumiu hoje um lugar em que investidores institucionais, bancos e family offices estão ponderando exposição como uma defesa contra desvalorização monetária”, disse Alex Mashinsky, presidente-executivo da Celsius Network em entrevista à Reuters. Acrescentando que o rally do bitcoin em 2017 foi liderado por investidores de varejo.
A análise é compartilhada por Ricardo Dantas, co-CEO da exchange de criptomoedas brasileira Foxbit. Para ele “em médio e longo prazo, os preços se justificam e o potencial é muito maior. O bitcoin atua como uma ferramenta anti-inflacionária e os movimentos nos preços são naturais e esperados por quem já conhece o mercado”, explica, acrescentando que o mercado brasileiro corresponde a apenas 15% do volume da cidade de Nova York, “há muito espaço para crescer.”
No final de 2017, o bitcoin atingiu a marca de US$ 19.783 em meio a uma enxurrada de investidores do varejo que impulsionaram o movimento chamado FOMO (fear of missing out), que em português significa “medo de ficar de fora”. A bolha, no entanto, se mostrou insustentável e os preços despencaram 80% no exterior no final de 2018.
Para Dantas, a maturidade atual do mercado de criptomoedas abre espaço para patamares mais elevados globalmente graças a uma maior compreensão sobre o funcionamento da tecnologia por trás do bitcoin, a blockchain. “A educação das pessoas é muito importante. Nunca dizemos compre bitcoin, mas sim entenda o bitcoin. A melhor forma de investir em bitcoin é olhando em longo prazo, mas é preciso estômago em curto prazo. Quando as pessoas entendem, acabam comprando. Quando você entende a moeda, a tecnologia e o conceito por trás, pode ver ver que faz todo o sentindo como uma reserva de valor mundial e digital”, avalia. (Com Reuters)
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