O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a ressaltar nesta quarta (25) a necessidade de o país voltar para a disciplina fiscal no pós-pandemia, já que o problema principal do Brasil agora é “dívida grande para administrar”.
“Ponto superimportante, talvez ponto chave, é conquistar credibilidade com continuação das reformas e com plano que indique clara percepção para investidores que país está preocupado com trajetória da dívida”, disse ele, em evento organizado pelo Sicoob Engecred.
O presidente do BC, que tem falado repetidamente sobre o tema em eventos públicos, destacou que a curva de juros doméstica é hoje uma das mais inclinadas do mundo, o que demonstra incerteza quanto ao quadro fiscal à frente.
Nesse sentido, ele reconheceu que os agentes estão ansiosos sobre eventual extensão do programa de auxílio emergencial ou não. Campos Neto, contudo, disse que a visão do BC é semelhante à externada pelo secretário do Tesouro, Bruno Funchal, na terça (25): há muito pouco ou zero espaço para qualquer tipo de medida fiscal.
Inflação
O presidente também ressaltou que o horizonte da autoridade monetária é sempre mais longo para analisar a inflação, pontuando que o BC está vigilante quanto ao aumento de preços na economia, mas ainda tranquilo.
“Temos dito que estamos relativamente tranquilos, estamos acompanhando processo”, afirmou ele, em evento organizado pelo Sicoob Engecred.
Ele reforçou que o BC não pode olhar a inflação de curto prazo e disse que há 4 meses, por exemplo, a autarquia estava recebendo enxurrada de críticas no sentido de que deveria ter reduzido mais os juros básicos já que o cenário de inflação era outro. (Com Reuters)
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