A adesão das companhias abertas a boas práticas de governança corporativa segue em trajetória ascendente no Brasil, com 54,3% das medidas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa adotadas por essas empresas, segundo estudo elaborado pela EY em parceria com o TozziniFreire Advogados e divulgado nesta semana no 21º Congresso anual do IBGC.
De acordo com o levantamento, entre as diretrizes com maior adesão em 2020 estão as práticas relacionadas à Ética e Conflitos de Interesse, saltando de 49,4% em 2019, para 53,7% neste ano, sendo as empresas estatais as maiores em taxa média de aderência, com 67,2% das organizações aderindo às práticas, contra 52,7% nas companhias de capital privado.
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Nas empresas do Novo Mercado, o relatório aponta que a taxa de aderência subiu de 60% no ano passado, para 64% em 2020. Entre as companhias que fizeram IPO entre setembro de 2019 e o mesmo mês de 2020, a taxa média de aderência observada nos informes de governança foi de 61,6%.
Em comunicado à imprensa, o diretor-geral do IBGC, Pedro Melo, analisa que “apesar de constatarmos esse leve, mas importante, aumento na adoção de práticas recomendadas, ainda temos um longo caminho a ser trilhado. Inclusive, o levantamento nos mostra que 61,7% das empresas brasileiras não possuem um plano de sucessão formalizado para seus CEOs, o que é de extrema importância, principalmente diante de uma crise da magnitude da que estamos vivendo.”
A pesquisa “Pratique ou Explique: Análise Quantitativa dos Informes de Governança (2020)” analisou de forma quantitativa os informes de governança de 360 empresas até o dia 5 de outubro de 2020. Nos informes, as companhias devem informar se praticam as recomendações ou explicar por que não o fazem e que medidas adotam em substituição.
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