As vantagens do investimento em fundos imobiliários com a segurança do mercado financeiro norte-americano – sonho de consumo de muitos investidores – estão agora mais acessíveis ao mercado nacional com o recém lançado Participant Capital FIM CP IE, fundo que investe no mercado imobiliário dos Estados Unidos e oferece cotas em reais para investidores no Brasil.
A novidade, no entanto, ainda não é para todo mundo: apenas investidores profissionais podem, neste momento, participar do fundo que investe em empreendimentos da Royal Palm Companies, conglomerado que há 40 anos atua no mercado norte-americano. Em 2021, o fundo deve abrir captação para investidores qualificados (que possuem mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras). Apesar da restrição, a iniciativa abre caminho para a entrada de produtos semelhantes nacionalmente.
O projeto é liderado por duas executivas brasileiras e residentes na Flórida, Bruna e Paula Maccari, que enxergaram no amadurecimento do mercado de capitais brasileiro e no aquecido ramo imobiliário dos EUA a oportunidade de expandir as operações da Participant Capital para não cidadãos e não residentes dos Estados Unidos.
Entre os benefícios ao investidor, Paula destaca a diversificação geográfica em um mercado maduro, estável e resiliente, além da facilidade de realizar aplicações em reais, sem a necessidade de abrir conta em instituições no exterior.
Para ofertar as cotas no Brasil, a Participant uniu sinergias com a Fronteira Asset Management e com o BTG Pactual, respectivamente gestores e administradores do fundo. O investimento mínimo é de R$ 100 mil e o retorno líquido projetado é de aproximadamente 13% ao ano, com taxa de administração inicial de 1% ao ano. Para o investidor qualificado, as cotas devem ser negociadas a valores inferiores.
“A aceitação tem sido muito grande, primeiro porque brasileiro gosta muito do setor imobiliário e também porque os empreendimentos investidos estão 90% na Flórida, outro destino que o brasileiro se identifica muito. Essa combinação com as vantagens do mercado norte-americano são diferenciais do fundo,” explica Bruna.
Como funcionam os fundos imobiliários nos EUA?
A versão norte-americana dos fundos imobiliários é chamada de REIT (Real Estate Investment Trust). Embora existam semelhanças, as diferenças quando comparados aos FIIs brasileiros são muitas.
Verena Cordeiro, consultora e fundadora da Navy Invest, explica que podem ser considerados REITs nos EUA qualquer empresa que, por exemplo, explore diretamente uma área imobiliária: dos imóveis (fundos de tijolo comuns no Brasil), a áreas em telhados de prédios destinadas à instalação de antenas, data centers, áreas rurais, entre outros. Os REITs podem ser também formados por títulos de dívidas do setor imobiliário, que no Brasil são conhecidos como fundos de papel.
“Para operar como um REIT a empresa precisa investir ou ter receita de no mínimo 75% originada no mercado imobiliário e retornar 90% do lucro em forma de dividendos aos participantes do fundo. Esse dividendo é tributado em 30% na fonte,” explica a especialista.
Já na hora de avaliar, um REIT, o roteiro é o mesmo do investimento em fundos no Brasil. “Antes de investir é preciso analisar a empresa por trás do fundo, quem é o gestor, como estão as finanças, os seguros, garantias e a alavancagem,” recomenda Verena.
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