O Ibovespa trabalha com recuo discreto nos primeiros negócios desta quinta-feira (12), perdendo 0,26% aos 104.537 pontos às 10h40, horário de Brasília. O índice brasileiro acompanha o movimento de realização de lucros no exterior e cautela dos agentes financeiros frente ao rápido avanço da segunda onda do coronavírus nas principais economias mundiais.
O dólar tem queda contra o real nesta manhã, cedendo 0,48% e negociado a R$ 5,38 na venda, devolvendo os ganhos da véspera à medida que os investidores monitoravam o cronograma de distribuição de uma vacina eficaz contra a Covid-19 e avaliavam as perspectivas para os países emergentes sob um governo de Joe Biden nos Estados Unidos. No Brasil, os investidores têm ainda uma pauta cheia de balanços para repercutir, entre eles o da JBS, Via Varejo, Marfrig, Rumo, MRV e CCR divulgados ontem após o fechamento do pregão.
A preocupação com o risco fiscal também segue na agenda dos investidores. A expectativa é que na próxima semana, após o primeiro turno das eleições municipais, os parlamentares retornem do recesso fora de época e seja possível avançar na agenda de reformas e na votação de textos como o Orçamento Federal para 2021.
Nos indicadores, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta manhã mostram que o setor de serviços cresceu 1,8% na passagem de agosto para setembro, o quarto resultado positivo consecutivo. O ganho acumulado de 13,4% nesse período, no entanto, ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% acumuladas de fevereiro a maio.
Em Wall Street, os principais contratos futuros dos benchmarks do mercado de ações operam em correção técnica em meio a agressiva segunda onda de Covid-19 nos EUA. Apenas ontem, o país bateu o recorde de 144 mil novos casos, o maior número de infecções diárias desde o início da pandemia. O número de mortos ontem no país foi de 1.893, segundo a Johns Hopkins University, o maior desde o início de maio.
“A natureza da propagação viral é que ela não cresce de forma linear, mas exponencial. Consequentemente existe o risco de subestimarmos a velocidade de propagação. É por isso que a segunda onda toma a Europa e os EUA de forma rápida e os governos estão correndo para retomar e intensificar medidas de contenção,” comenta Didier Saint-Georges, membro do Comitê de Investimentos Estratégicos da Carmignac, destacando que os efeitos da segunda onda sobre as economias ocidentais um ambiente de crescimento ainda moderado em setores expostos à mobilidade do consumidor e baixa pressão inflacionária. (Com Reuters)
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