Os investidores estrangeiros estão gradualmente recompondo suas posições no Brasil, afirmou nesta quarta (25) o chefe do departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, ao comentar os ingressos observados neste mês até o dia 20.
Enquanto em ações e fundos de investimento houve entrada de US$ 4,87 bilhões no período, em títulos de dívida o ingresso foi de US$ 1,264 bilhão. Em outubro, os dados também ficaram positivos: US$ 2,799 bilhões em ações e fundos de investimento e US$ 2,671 bilhões em títulos de dívida.
“Em todos os meses de junho até outubro, e também novembro se a parcial se confirmar, já são seis meses de ingressos todos os meses”, disse Rocha, sobre o resultado líquido do investimento em carteira negociado no mercado doméstico.
“Eu qualificaria dizendo que os investidores estrangeiros estão recompondo suas posições e sua exposição ao país”, acrescentou ele, frisando que essa recomposição ainda é parcial, já que só de fevereiro a março houve saída de US$ 35 bilhões do país.
De acordo com a nota do setor externo divulgada nesta quarta-feira pelo BC, no acumulado do ano até outubro o país ainda registra saída de US$ 21,603 bilhões, sendo US$ 17,659 bilhões em ações e fundos de investimento e US$ 3,944 bilhões em títulos de dívida.
Na véspera, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse ver “cabo de guerra muito grande” nas compras e vendas na bolsa brasileira entre investidores locais e estrangeiros, com compra feita por locais institucionais e venda liderada por estrangeiros.
Mais uma vez, Campos Neto destacou a importância da credibilidade fiscal para os investidores internacionais voltarem a fazer aportes no país.
“É importante que fluxo de estrangeiros em equity volte para o Brasil, a gente já viu um pouco nas últimas semanas de entrada, e eu acho que, fazendo trabalho de credibilidade bem-feito, tem bastante dinheiro aí para voltar.”
Movimento de câmbio
Hoje (25), o BC também divulgou suas parciais para o mercado de câmbio, que mostraram ingresso líquido de US$ 1,2 bilhão até o dia 20 de novembro, sendo US$ 5,7 bilhões no saldo financeiro, com participação “importante” dos fluxos de portfólio, de mais de US$ 6 bilhões, disse Rocha. Já o saldo comercial ficou negativo em US$ 4,5 bilhões. (Com Reuters)
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