A Lojas Renner teve prejuízo no terceiro trimestre, refletindo forte queda de receitas devido a limitações de funcionamento em boa parte da rede por causa da pandemia da Covid-19, mas enxerga uma volta à normalidade desde outubro.
A varejista de moda anunciou hoje (5) que teve prejuízo líquido de R$ 82,9 milhões entre julho e setembro, ante lucro de R$ 186,7 milhões um ano antes.
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No critério de mesma base de lojas, as vendas caíram 17,2% ano a ano. A margem bruta caiu 6,6 pontos percentuais, a 47,7%. E a receita líquida caiu 14,5%, para R$ 1,65 bilhão.
As receitas com operações financeiras da companhia, líquidas dos custos de funding e de impostos, recuaram 53,8%, para R$ 132,5 milhões. O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado total ficou negativo em R$ 38,2 milhões, ante saldo positivo de R$ 354,8 milhões um ano antes.
A pressão provocada pelas medidas de isolamento social sobre as lojas físicas foi aliviada parcialmente pelo salto de 200% das vendas por canais digitais, cuja participação no total subiu de 5% para 16% do total.
Além disso, a Lojas Renner reduziu o volume de investimento e ajustou as despesas operacionais, que somaram R$ 653,9 milhões, queda de 3,5% ano a ano.
Para tentar normalizar o ciclo de vendas, a companhia decidiu antecipar processo de remarcações para começar o quarto trimestre com estoques apropriados para vendas de final de ano.
Mesmo diante de limitações ainda relevantes para o funcionamento do comércio físico, a marca Lojas Renner ganhou 5 novas unidades no período, fechando setembro com 392 no total. O plano de ter 520 lojas da marca em 2025 permanece inalterado.
“Percebemos que as lojas físicas seguem tão importantes quanto antes da pandemia”, disse Paula Picinini, diretora de relações com investidores da Lojas Renner, revelando que cerca de 30% dos pedidos feitos por canais digitais são retirados nas lojas da rede.
A companhia também inaugurou uma loja Camicado e 2 Youcom no trimestre.
Segundo o diretor financeiro da Lojas Renner, Alvaro Azevedo, as operações do grupo estão voltando à normalidade neste quarto trimestre, com gradual retomada da margem bruta. Além disso, complementou, a inadimplência no braço financeiro está sob controle.
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A carteira de produtos financeiros da companhia ficou estável no comparativo ano a ano, em R$ 2,86 bilhões, com o índice de operações vencidas subindo de 20,6% para 22,9%. (Com Reuters)
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