O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), cobrou nesta hoje (30) empenho do governo do presidente Jair Bolsonaro para aprovar uma reforma tributária no Congresso ao mesmo tempo em que descartou a possibilidade de se prorrogar a chamada PEC da Guerra no próximo ano.
Em entrevista ao Portal UOL, Maia disse acreditar que a reforma tributária tem voto para ser aprovada na Câmara desde que o governo resolva ajudar na articulação. Ele destacou que o relator da proposta na comissão mista, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), buscará esta semana um consenso a fim de pautar um texto.
Segundo Maia, se não houver consenso, ele vai deixar o assunto para o próximo presidente da Câmara. Seu atual mandato se encerra no início de fevereiro de 2021.
O presidente da Câmara disse que “sem dúvida nenhuma” a reforma tributária é a proposta de maior impacto para a melhoria do ambiente de negócios no Brasil, podendo levar, em sua avaliação, muitos a anteciparem investimentos em caso de ela entrar em vigor.
Na entrevista, Maia disse ter se assustado com o fato de o governo, após o fim das eleições municipais, não ter reunido seus principais líderes e ministros para discutir a pauta de votações do Congresso.
O presidente da Câmara foi taxativo ao dizer que não haverá uma prorrogação do estado de calamidade e da PEC da Guerra no próximo ano. Esses instrumentos legais permitiram uma expansão extraordinária de despesas públicas a fim de que o país pudesse enfrentar a pandemia.
“Não adianta forçar a mão porque na minha presidência não haverá, em nenhuma hipótese, prorrogação da PEC da Guerra”, frisou. (Com Reuters)
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