A escalada dos negócios online a reboque da pandemia da Covid-19 levou o Mercado Livre a novos recordes operacionais no terceiro trimestre, com a companhia acelerando investimentos em logística para manter o ritmo para as vendas de final de ano.
O maior portal de comércio eletrônico da América Latina reportou hoje (4) que o volume de vendas (GMV) chegou a US$ 5,9 bilhões entre julho e setembro, avanço de 62,1% em dólar e 117,1% em moeda constante, com o total de usuários únicos ativos subindo 92,2%, a 76 milhões.
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Além disso, o volume de pagamentos em seu braço financeiro Mercado Pago deu saltos de 91,7% em dólar e 161,2% em moeda constante, a US$ 14,5 bilhões.
Com isso, a receita líquida da companhia com sede na Argentina evoluiu 85% em dólar e 148,5% em moeda constante, atingindo o recorde de US$ 1,1 bilhão. A operação no Brasil, que representa 55% do total, alcançou US$ 610,7 milhões, alta de 56,6% em dólar e de 112,2% em reais.
A companhia fechou o trimestre com lucro líquido de US$ 15 milhões, resultando em lucro líquido por ação de US$ 0,28, segundo o balanço. Analistas, em média, esperavam lucro de US$ 10,5 milhões para o Mercado Livre no período, ou US$ 0,17 por ação, segundo dados da Refinitiv.
O balanço foi divulgado alguns dias depois que a rival brasileira B2W, dona de sites como Submarino e Americanas.com, reportou alta de 56,2% no GMV do trimestre sobre um ano antes, para R$ 7,26 bilhões.
Os números mostram como negócios por canais eletrônicos ganharam tração no Brasil e na América Latina mesmo após governos relaxarem medidas de isolamento social tomadas a partir de março para conter a pandemia, o que deixou milhares de estabelecimentos físicos fechados por meses.
“As boas experiências de comprar online estão agradando os consumidores”, disse à Reuters o presidente de área de comércio do Mercado Livre para a América Latina, Stelleo Tolda.
Segundo o executivo, a companhia espera manter o ritmo operacional neste quarto trimestre, graças a datas comerciais como Black Friday e Natal. Uma percepção melhor do ritmo do comércio eletrônico no Brasil deve vir no começo de 2021, disse Tolda, quando também devem acabar programas de auxílio emergencial.
De todo modo, o Mercado Livre faz planos de abrir novos grandes centros de logística no país no ano que vem, enquanto também trabalha para ampliar a base de vendedores em seu marketplace, incluindo segmentos de moda, supermercado e produção de conteúdo. (Com Reuters)
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