A Via Varejo registrou lucro líquido contábil de 590 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 346 milhões um ano antes, com forte crescimento nas vendas online na esteira da pandemia de Covid-19, em resultado também influenciado por créditos fiscais.
O lucro operacional ficou em R$ 100 milhões, de prejuízo de 208 milhões no terceiro trimestre de 2019, segundo os dados divulgados ontem (11).
As vendas pela métrica GMV, considerando ecommerce (marketplace e canal online Via Varejo) e lojas físicas, alcançaram R$ 10 bilhões de julho a setembro, alta de 43,4% ano a ano, com o GMV apenas do comércio eletrônico saltando 218,7%, para R$ 4,1 bilhões.
No caso das lojas físicas, a receita bruta cresceu 3,7% ano a ano, para R$ 5,9 bilhões. Considerando todas as lojas no conceito vendas mesmas lojas (SSS), mesmo que parcialmente fechadas ao longo trimestre, a alta foi de 4,3%.
A receita bruta do canal online apresentou crescimento de 278% ano a ano, para R$ 3,4 bilhões, resultado que a companhia atribuiu a melhorias nos prazos de entrega, avanços na plataforma tecnológica e ofertas de produtos, além de “robusta base de clientes e ganho de marketshare”.
A receita líquida da Via Varejo no terceiro trimestre somou R$ 7,8 bilhões, alta de 37,3%.
“Estamos muito animados para a Black Friday. Pensando em nossos clientes, antecipamos as ofertas e teremos R$ 7 bilhões em estoques”, afirmou a companhia, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio, entre outras.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado saltou para 1,2 bilhão, de R$ 220 milhões no mesmo período de 2019, com a margem Ebitda ajustada passando a 15,3%, de 3,9% um ano antes. O Ebitda ajustado operacional somou 627 milhões de reais.
As despesas com vendas, gerais e administrativas operacionais cresceram 13,4% ao excluir fatores não recorrentes, a R$ 1,7 bilhão, mas em relação a receita passaram a 22,3%, de 27% no terceiro trimestre de 2019. O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 107 milhões, de resultado negativo de R$ 240 milhões um ano antes.
O custo das mercadorias vendidas alcançou R$ 5 bilhões, de R$ 3,9 bilhões um ano antes.
No material de divulgação do resultado, a Via Varejo cita efeitos distribuídos em algumas linhas do balanço de créditos de ICMS na base do PIS/Cofins de R$ 625 milhões, créditos PIS/Cofins de R$ 20 milhões, e créditos previdenciários de R$ 126 milhões.
O grupo disse que encerrou o trimestre com caixa líquido de R$ 3,4 bilhões, incluindo a carteira de recebíveis não descontados no valor de R$ 5,8 bilhões. Frente ao segundo trimestre, houve geração de R$ 465 milhões em caixa.
A companhia também observou alguma melhora na inadimplência, com a taxa considerando atraso superior a 90 dias sobre a carteira ativa do crediário em 7,7% em outubro, de 7,8% em setembro e 9,9% em agosto.
No final de setembro, a Via Varejo tinha 1.065 lojas, de 1.061 um ano antes.
O banco digital banQi registrava mais de 1 milhão de contas, sendo mais de 600 mil nos últimos três meses, com mais de R$ 1,2 bilhão em créditos direto ao consumidor, sendo R$ 685 milhões nos últimos três meses. (Com Reuters)
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