A plataforma de vendas online de produtos para casa e decoração Westwing pediu hoje (4) registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), reforçando a tendência de empresas brasileiras buscarem recursos no mercado para financiar projetos de crescimento, na esteira da explosão do comércio eletrônico após a pandemia da Covid-19.
Criada em 2011 como unidade de uma empresa alemã homônima, a Westwing foi comprada em 2018 pela gestora de fundos Axxo com sede no Rio de Janeiro. Atualmente, a empresa tem também um grupo de investidores pessoa física que serão vendedores na oferta secundária de ações. A oferta será coordenada por BTG Pactual, XP, JPMorgan e Citi.
Com foco em artigos de decoração, a Westwing gradualmente ampliou a prateleira de produtos, para incluir cosméticos, artigos de vestuário, eletrodomésticos, tapeçaria, iluminação, além de serviços de design de interiores e arquitetura.
De janeiro a setembro, a receita bruta de vendas da companhia (GMV) praticamente dobrou em relação a um ano antes, para R$ 270 milhões, enquanto o Ebitda cresceu quase quatro vezes, para R$ 10,36 milhões.
No prospecto da oferta, a Westwing afirma que pretende usar os recursos da venda de ações novas para acelerar seu negócio principal, investir em marca própria, em tecnologia e logística.
O anúncio reforça a onda de empresas especializadas em comércio eletrônico em busca de recursos para financiar planos de crescimento, após o isolamento social para conter a pandemia do coronavírus ter limitado severamente o comércio físico.
Em outubro, a empresa de logística especializada em comércio eletrônico Sequoia fez sua estreia na B3, semanas antes da chegada do brechó online Enjoei também se listar na bolsa paulista.
A plataforma digital de comércio de vinhos Wine também anunciou planos de IPO, mas depois interrompeu devido à volatilidade do mercado de ações. (Com Reuters)
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