As 206 Ofertas Públicas de Ações (IPO) conduzidas por Sociedades de Aquisição de Propósito Específico (SPACs, em inglês) arrecadaram o montante recorde de US$ 70 bilhões nos Estados Unidos em 2020, valor cinco vezes maior em relação ao ano passado. As SPACs são empresas sem operações comerciais, formadas estritamente para captar recursos através de IPOs e investir em outras empresas que, posteriormente, poderão ser listadas em Bolsa.
As operações via SPACs representam 52% do total de ofertas primárias do mercado de capitais norte-americano neste ano, que captou US$ 124 bilhões em 356 transações, segundo o Sachs. Dos recursos arrecadados pelas SPACs, US$ 61 bilhões serão destinados a operações de Fusões e Aquisições (M&A, em inglês) entre os anos de 2021 e 2022, com ganho projetado em US$ 300 nos negócios. O Goldman Sachs espera no próximo ano um alto nível de atividade das Sociedades de Aquisição de Propósito Específico.
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De acordo com o relatório do banco norte-americano, 68% das fusões de SPACs que ocorreram neste ano foram em tecnologia, bens e serviços (não essenciais ao consumidor amplo) e saúde. Um dos principais impulsionadores do interesse do investidor em SPACs tem sido a mudança de foco dos investidores, de ativos de valor, para ações de crescimento. O aumento da atividade no varejo também gerou interesse dos investidores em empresas em estágio inicial, potencializando o papel das SPACs como rota para estes investimentos.
Como as taxas de juros estão próximas de zero nos EUA, as SPACs ganham mercado no país. Contudo, os fracos retornos pós-fusão representam um obstáculo no interesse de alocação de capital. Ao mesmo tempo, as Sociedades de Aquisição de Propósito Específico são incapazes de levantar um investimento privado em oferta pública (PIPE, em inglês), uma alternativa às ofertas públicas.
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