Os índices acionários em Nova York fecharam o dia com ganhos, numa sessão marcada por poucos negócios em um ano turbulento e de profundas incertezas em Wall Street. No fechamento de hoje, o Dow Jones registrou variação positiva de 0,65% aos 30.606 pontos, o S&P subiu 0,64% aos 3.756 pontos e o Nasdaq Composite encerrou avançando 0,14% aos 12.888 pontos. No acumulado do ano, o saldo dos índices é positivo em 7,25%, 16,26% e 43,64%, respectivamente, com máximas históricas nos benchmarks anunciando perspectivas também positivas para 2021.
Entre os grandes destaques do mercado de ações norte-americano em 2020 estão nomes como o da fabricante de carros elétricos Tesla, que subiu 730% no ano, fechando hoje a US$ 706,22, e da plataforma de videoconferência Zoom, que valorizou 395,77%, encerrando o ano cotada a US$ 337,32 na Nasdaq.
Mas o rally para muitos dos ativos negociados em Nova York ganhou fôlego, de fato, em novembro, logo após as eleições presidenciais que definiram o candidato democrata, Joe Biden, como o próximo presidente dos EUA. Apesar das incertezas em torno do pleito, a vitória de Biden com um Congresso potencialmente dividido (já que o segundo turno para o Senado na Geórgia acontece em janeiro) foi bem recebida pelos investidores. Além da recente aprovação do novo pacote de estímulo econômico em US$ 2,3 trilhões, a expectativa é de mais injeções de recursos na maior economia do mundo sob nova administração, que toma posse no próximo dia 20.
O mercado também encontrou suporte para novas altas na aprovação de vacinas contra a covid-19. A imunização de 21 milhões de trabalhadores de saúde nos EUA começou no último dia 14, ao lado das vacinações dos 3 milhões de residentes em asilos do país, que também estão no primeiro grupo de prioridade. Apesar da meta ambiciosa de vacinar 20 milhões de pessoas apenas em dezembro, apenas 2,6 milhões de norte-americanos haviam recebido até hoje (31) uma dose dos imunizantes. Aproximadamente 14 milhões de doses de vacinas da Pfizer e da Moderna foram distribuídas aos Estados até o momento.
Entre os principais desafios para a economia norte-americana está a reestruturação do mercado de trabalho. No auge da crise, entre os meses de março e abril, cerca de 22 milhões de pessoas nos EUA perderam seus trabalhos, elevando a taxa de desemprego para 15% no país. Dados divulgados nesta manhã revelam uma pequena retração no número de pedidos semanais de seguro desemprego nos EUA, para 787 mil solicitações na semana encerrada em 26 de dezembro, ante 806 mil na semana anterior. A maioria dos economistas prevê que demore um ano ou mais para que o mercado de trabalho retorne aos níveis pré-pandemia. (Com Reuters)
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