A Boeing terá de pagar mais de US$ 2,5 bilhões em multas e compensações após acordo para encerrar investigação criminal contra a empresa aberta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a queda de dois 737 MAX que mataram 346 pessoas.
O acordo inclui uma multa de US$ 243,6 milhões, compensações às companhias aéreas de US$ 1,77 bilhão e US$ 500 milhões para a criação de um fundo de apoio às vítimas após a empresa ter sido acusada de conspirar para acobertar falhas no design da aeronave.
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A Boeing afirmou que vai registrar um encargo de US$ 743,6 milhões no resultado do quarto trimestre do ano passado para refletir o acordo.
O acordo com o Departamento de Justiça, anunciado depois do fechamento dos mercados acionários ontem (7), encerra uma investigação de 21 meses sobre o projeto e desenvolvimento do 737 MAX após as duas quedas, na Indonésia e na Etiópia em 2018 e 2019, respectivamente.
As quedas “expuseram conduta fraudulenta de funcionários de uma das maiores fabricantes de aviões do mundo”, afirmou o procurador-geral em exercício, David Burns, em comunicado.
As quedas das aeronaves custaram à Boeing cerca de US$ 20 bilhões.
Analistas citaram que o valor de compensação de US$ 1,77 bilhão já estava coberto por provisões contábeis e que parte já foi paga. “Em cerca de 0,5% do valor atual de mercado da Boeing, esta porção dos pagamentos não deve ser uma questão significativa para as ações da empresa”, disse o analistas Douglas Harned, da Bernstein.
O 737 MAX foi proibido de voar entre março de 2019 e novembro do ano passado. A proibição foi retirada depois que a Boeing promoveu atualizações na aeronave e melhoria no programa de treinamento de pilotos. (Com Reuters)
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