A empresa israelense de ferramentas de invasão de sistemas NSO Group está considerando uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), provavelmente em Tel Aviv (TASE) – Bolsa de Valores israelense -, informou o jornal financeiro Globes, citando fontes próximas ao assunto.
A NSO, que está sendo processada por um grupo de empresas de tecnologia dos EUA, incluindo o Facebook, é uma das fornecedoras mais conhecidas de ferramentas de vigilância eletrônica, que segundo a companhia, são disponibilizadas apenas para governos e agências de segurança pública.
A empresa também é conhecida no mundo da segurança cibernética por seu software “Pegasus”. O software pode capturar todos os dados de um telefone, incluindo o texto de mensagens criptografadas, e pode até fazê-lo gravar áudios sem conhecimento do usuário.
A NSO tem sido criticada por ativistas de privacidade online que a acusam a companhia de criar programas que ajudam hackers a atacar grupos de direitos humanos e jornalistas em todo o mundo.
A companhia, controlada pela empresa de private equity Novalpina Capital, sediada em Londres, afirma que só vende sua tecnologia para agências governamentais e policiais “para ajudá-los a combater o terrorismo e crimes graves”.
O jornal financeiro Globes disse que, como parte do potencial processo de IPO, o presidente da NSO, Asher Levy, e o vice-presidente financeiro, Doron Arazi, se reuniram no início desta semana com Itai Ben-Zeev, presidente-executivo da Bolsa de Valores de Tel Aviv (Tase).
O Globes citou fontes de mercado estimando que a empresa poderá ser avaliada em US$ 2 bilhões em um IPO, com os recursos provavelmente sendo usados para desenvolver novas atividades, como interceptação de drones.
O jornal Haaretz disse que outra opção que a NSO poderia seguir seria abrir o capital por meio de uma empresa de aquisição de propósito específico, ou SPAC – uma empresa que já é pública e permite que uma companhia abra capital rapidamente através de uma fusão. Isso evita a maioria dos obstáculos regulatórios de um IPO tradicional. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.