O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) encerrou 2020 em seu maior patamar desde fevereiro do mesmo ano, e mostrou que o mercado de trabalho segue com o processo de recuperação, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados hoje (7).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 1,2 ponto em dezembro, e atingiu 85,7 pontos, seu maior nível desde fevereiro de 2020, momento em que a pandemia de Covid-19 ainda não havia abalado a economia doméstica.
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“O resultado de dezembro mostra que o processo de recuperação das perdas sofridas na população ocupada no início da pandemia ainda está em curso”, explicou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. Ele destacou, no entanto, que o indicador continua abaixo de seu patamar pré-pandemia. “O ritmo ainda deve permanecer lento neste início de ano considerando o processo de transição dos programas emergenciais do governo e a alta incerteza”, completou.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), por sua vez, teve alta de 3,0 pontos, a 102,6 pontos, maior patamar desde janeiro de 2017. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.
“A piora pelo segundo mês consecutivo do ICD sugere aumento na taxa de desemprego nos últimos meses de 2020”, completou Tobler. O especialista ainda falou sobre o efeito do fim do auxílio emergencial em dezembro. “Muitos consumidores voltaram a buscar emprego e encontraram dificuldade de retornar ao mercado de trabalho com baixas perspectivas de melhora significativa no curto prazo”, concluiu.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Brasil iniciou o quarto trimestre com aumento no número de desempregados, a taxa de desemprego foi de 14,3% entre agosto e outubro. O mercado de trabalho em geral é o último a se recuperar em tempos de crise. (com Reuters)
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