O governo estuda adiantar em 2021 parte dos pagamentos do 13º de pensionistas e aposentados e também do abono salarial como forma de conter o baque à economia do fim do auxílio emergencial, disse à Reuters hoje (12) uma fonte do governo com conhecimento direto do assunto.
Normalmente, a primeira parcela do 13º da Previdência, com 50% do valor do pagamento, é paga com o benefício de agosto e a segunda parte, com o de novembro. A ideia da equipe econômica é antecipar parte do pagamento para o primeiro semestre.
No ano passado, o 13º do INSS foi integralmente pago no primeiro semestre, no valor total de R$ 47,5 bilhões, como uma das medidas de enfrentamento ao impacto econômico da pandemia da Covid-19.
Agora, em meio ao recrudescimento da pandemia e ao fim dos pagamentos do auxílio emergencial, o governo quer retomar parcialmente o expediente, que não impacta a despesa total do ano, sujeita à regra do teto de gastos que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que o governo, que começou o ano sem que o Congresso tenha aprovado o Orçamento para 2021, teria condições de antecipar benefícios para “calibrar a aterrisagem da economia”.
Guedes também disse que, diante de uma segunda onda da pandemia, o governo teria condições de adotar medidas de enfrentamento na linha do que foi feito em 2020, mas que ainda não haveria clareza sobre essa necessidade.
O Palácio do Planalto não comentou o assunto e disse que a imprensa deveria encaminhar demanda ao Ministério da Economia. Procurado, o ministério ainda não comentou. (Com Reuters)
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