O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez caiu inesperadamente na semana passada, embora tenha continuado extremamente alto, com a recuperação do mercado de trabalho parecendo estagnar à medida que a persistente pandemia de Covid-19 ameaça dominar o país.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 787 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 2 de janeiro, em comparação com 790 mil na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho dos EUA. Economistas consultados pela Reuters previam 800 mil solicitações na última semana.
Os pedidos elevados estão em linha com outros dados que sugerem que a economia está sofrendo com as restrições empresariais e a redução nos gastos do consumidor por causa da pandemia. A ata da reunião do Federal Reserve de 15 e 16 de dezembro, publicada ontem (6), mostrou que as autoridades esperam que os casos de coronavírus crescentes “sejam particularmente desafiadores para o mercado de trabalho nos próximos meses”.
Os casos de Covid-19 nos Estados Unidos saltaram para mais de 21 milhões, com o número de mortos ultrapassando 352 mil desde que o vírus apareceu pela primeira vez na China no final de 2019, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Um relatório divulgado na quarta mostrou que as empresas privadas perderam trabalhadores em dezembro pela primeira vez em oito meses. Dados da Homebase, uma empresa de agendamento e rastreamento das folhas de pagamento, mostraram uma queda acentuada no número de funcionários trabalhando em dezembro em comparação com novembro. Os relatórios aumentaram o risco de que a economia perca empregos em dezembro, embora uma pesquisa desta semana tenha mostrado o emprego nas indústrias se recuperando no mês passado.
O governo divulgará seu relatório de emprego para dezembro na sexta. De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, a criação de vagas fora do setor agrícola provavelmente chegará a 71 mil, após um aumento de 245 mil em novembro.
Esse seria o menor ganho desde que a recuperação dos empregos começou em maio e significaria que a economia recuperou cerca de 12,5 milhões dos 22,2 milhões de postos de trabalho perdidos em março e abril.
Os pedidos de auxílio-desemprego estão acima do pico de 665 mil atingido durante a Grande Recessão de 2007 a 2009, embora tenham caído em relação a uma máxima recorde de 6,867 milhões alcançada em março.
O governo aprovou no final de dezembro quase US$ 900 bilhões em estímulos fiscais adicionais, incluindo a renovação de um suplemento de auxílio-desemprego de US$ 300 até 14 de março. (Com Reuters)
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