O Barclays segue com recomendação “overweight” (indicador de que as ações têm um desempenho superior ao índice) para o crédito soberano brasileiro, vendo preços atrativos e oportunidade de entrada após a reação do mercado à indicação de troca de comando na Petrobras.
“Embora reconheçamos que a volatilidade política voltou a aumentar, com implicações adversas para o mercado, acreditamos que o crédito no Brasil deve ficar ancorado em seus fundamentos”, disse em nota Sebastian Vargas, da área de estratégia de crédito soberano para a América Latina.
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“Nesse sentido, destacamos que a recente descompressão do spread brasileiro levou a valuations semelhantes aos do quarto trimestre de 2020, quando os riscos fiscais eram especialmente elevados”, acrescentou.
Vargas disse não acreditar que uma substituição do presidente da petroleira vá afetar, direta ou indiretamente, o progresso no cenário fiscal feito nos últimos meses, já que, em sua visão, o risco de cenários mais preocupantes nessa frente está menor do que no último trimestre de 2020.
“Devido a valuations atrativos, reiteramos nossa recomendação ‘Overweight’ para o crédito soberano do Brasil”, disse, ao considerar que a curva entre vencimentos de cinco e dez anos está relativamente inclinada, e que reflete preços baixos no vértice de dez anos. “Portanto, recomendamos comprar futuros para 2028, 2029 e 2030”, concluiu.
O CDS de cinco anos do Brasil (uma referência para o custo de proteção contra um calote da dívida brasileira) disparou 20,52 pontos-base ontem (22), para 181,58 pontos-base, a maior alta desde setembro do ano passado, para o maior patamar desde novembro. O dia foi de forte tensão nos mercados brasileiros, em meio a temores do mercado de ingerência política e de efeitos sobre a agenda econômica. (com Reuters)
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