O bitcoin atingiu nova cotação recorde hoje (17), um dia depois de a criptomoeda superar a barreira de US$ 50 mil, mesmo com analistas alertando sobre a sustentabilidade de tais preços em meio à elevada volatilidade.
A maior moeda digital do mundo, que tem um valor de mercado de mais de US$ 900 bilhões, atingiu recorde de US$ 51.721, alimentado por sinais de que está ganhando aceitação entre os principais investidores e empresas, como Tesla, Mastercard e BNY Mellon. Apesar da onda de aceitação popular neste ano, alguns analistas alertaram que o bitcoin ainda está longe de se tornar uma forma de pagamento amplamente usada.
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“Aconselhamos os investidores a não verem isso como um momento dominante para a criptomoeda e aconselhamos cautela antes de se envolverem em especulações, já que a ela não é uma moeda”, disse Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth. O bitcoin aumentou oito vezes desde março passado e agregou mais de US$ 700 bilhões em valor de mercado desde setembro. O JPMorgan questionou a magnitude do salto na esteira de um fluxo total de apenas US$ 11 bilhões oriundos de investidores institucionais.
O número limitado de bitcoins, baseado em mineradores produzindo um certo número de novas moedas, levou detentores a cobrar um prêmio por bitcoin que levam ao mercado, disseram analistas do JPMorgan. “Os fluxos de varejo também podem ter ampliado os fluxos institucionais”, afirmaram.
Ainda assim, os preços do bitcoin não são sustentáveis a menos que a volatilidade esfrie rapidamente, disseram os analistas da gestora, que sinalizaram no mês passado o surgimento do bitcoin como ouro digital. “O bitcoin, a preços de mercado atuais, já mais que dobrou em relação ao ouro em termos de capital de risco”, disseram os analistas, apontando para a volatilidade de três meses da moeda digital, de 87% contra 16% para o ouro.
“Observamos de perto o claro desequilíbrio entre oferta e demanda nos últimos meses, visto que houve aumento significativo no interesse institucional”, disse Brian Melville, diretor de estratégia da Cumberland, da trading DRW, de Chicago. Separadamente, a corretora norte-americana Wedbush disse que vê menos de 5% das empresas listadas indo para o caminho de investimento em bitcoin nos próximos 12 a 18 meses. (com Reuters)
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