Volatilidade da criptomoeda ainda preocupa analistas quanto a possibilidade de comprar determinados produtos com ela
O bitcoin se aproximou rapidamente da marca de US$ 50 mil hoje (9), diante do anúncio da Tesla envolvendo a criptomoeda. Assim, os investidores acharam que ela poderia se tornar uma classe de ativos convencional para empresas e gestores de recursos.
Ontem (8), o bitcoin saltou 20% depois que a Tesla disse ter investido US$ 1,5 bilhão na criptomoeda no mês passado. A criptomoeda mais popular do mundo valorizou 1.150% em relação às mínimas de março de 2020. Cinco anos atrás, ela era negociada a algumas centenas de dólares.
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O preço de um bitcoin atingiu o pico de US$ 48.216, quase o suficiente para comprar um dos veículos mais vendidos da Tesla, o Tesla Model Y SUV. A criptomoeda rival ethereum atingiu um recorde de US$ 1.784 nesta terça-feira.
O presidente da Tesla, Elon Musk, um conhecido defensor das criptomoedas, prevê aceitar a moeda como pagamento pelos carros elétricos da empresa e analistas consideram que isso é uma mudança relevante.
“A bitcoin está definitivamente atraindo a atenção dos investidores, recebo cada vez mais perguntas sobre isso”, disse Marija Vertimane, estrategista sênior da State Street Global Markets. “Do ponto de vista prático, usar bitcoin para comprar qualquer coisa (como carros da Tesla) ainda seria extremamente difícil, dada sua excessiva volatilidade.”
A volatilidade realizada, ou oscilações diárias de preços (que são medidas em termos de preços de fechamento para bitcoin) nos últimos 90 dias, foi de 72% em comparação com 16% para o índice de referência de ações norte-americano S&P 500 e 6% para a moeda euro.
Além disso, o valor da bitcoin triplicou nos últimos três meses, por isso, os analistas levantaram questões sobre como sua volatilidade afetaria alguém que compra um carro Tesla em bitcoin.
“A menos que o preço da bitcoin se estabilize, ou o preço da bitcoin caia drasticamente, você acaba ganhando um Tesla na loteria, ou o preço triplica e você acaba pagando seu Tesla muito caro”, disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank. (com Reuters)
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