O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, não pretende pedir demissão da companhia, apesar de pressões do presidente Jair Bolsonaro para que ele o faça, devido a questões relacionadas a aumentos dos combustíveis, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto à Reuters hoje (19).
“Não vai ceder e não pretende sair”, disse uma das fontes, na condição de anonimato. “Já houve um tempo em que o conselho (de administração da empresa) era pró-governo, e agora é independente”, acrescentou, e argumentou que o CEO tem apoio para continuar na empresa.
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Na véspera, Bolsonaro afirmou em transmissão pelas redes sociais que vai ter consequência a fala do presidente da Petrobras, que dias atrás havia dito que a ameaça de greve de caminhoneiros não era problema da companhia.
O comentário do presidente foi feito após o anúncio ontem (18) de que a empresa elevará em cerca de 15% o preço médio do diesel nas refinarias e em mais de 10% o da gasolina, a partir desta sexta-feira.
Bolsonaro anunciou ainda na noite de quinta-feira que vai zerar em definitivo os impostos federais sobre o gás de cozinha e por dois meses os que incidem sobre o diesel, neste caso, com o objetivo de contrabalançar o reajuste, que considerou excessivo, da Petrobras.
A isenção de impostos é mais um dos acenos que o governo tem feito aos caminhoneiros, uma categoria que vem sendo contemplada com decisões favoráveis do presidente. Integrantes da categoria ameaçaram com uma greve no início do mês, mas o movimento não ganhou adesão.
Bolsonaro defendeu também novamente a aprovação de um projeto, enviado pelo governo ao Congresso na semana passada, que tem por objetivo reduzir a volatilidade na alíquota do ICMS que incide sobre combustíveis.
Também disse que o governo prepara um decreto para obrigar os postos de combustíveis a divulgar qual o percentual de custos de cada um dos tributos na composição do insumo para venda ao consumidor.
A decisão do aumento de preços da Petrobras, de outro lado, foi bem recebida pelo mercado, especialistas disseram que o reajuste levou os preços de volta ou próximos da paridade de importação, o que evitaria perdas para a companhia. (com Reuters)
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