A emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) em 2020 representou 20% do total de títulos emitidos no país. Foram 271 de 1362 títulos emitidos no ano, contemplando ações, debêntures, BDR, notas promissórias, CRI, CRA, FIDC, FII e FIP.
O valor consolidado das emissões no ano foi de R$ 27 bilhões, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os dados de janeiro a dezembro apresentaram um resultado positivo, especialmente se for considerado o ano da pandemia, com crescimento de 22% no total de emissões de CRIs, e uma ligeira queda nas emissões de CRAs.
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No mercado de CRAs, foram realizadas 56 emissões no ano de 2020, segundo dados da CVM e da Associação Brasileira de Securitizadoras Imobiliárias do Agronegócio (ABSia), uma pequena queda nas emissões comparado ao ano de 2019. Na avaliação de Maurício Visconti, presidente da ABSia, “essa diminuição decorre do represamento de emissões que estariam sendo estruturadas no início do ano, mas que devem vir com mais força agora, no início de 2021”.
Para 2021, a Associação percebe uma tendência importante ligada à abrangência e visibilidade que tomou o setor do agronegócio, e reconhece no mercado de capitais a necessidade de financiamento que o governo tem dificuldade em oferecer integralmente. “Nesse sentido, possivelmente o aumento nas emissões de CRAs deve superar as expectativas no início de 2021”, comenta Visconti.
Além disso, há grande possibilidade de crescimento nas emissões de CRIs, o presidente avalia que o setor deve crescer de 20% a 30% em 2021. “A grande alavanca do mercado de CRIs hoje é as captações de fundos imobiliários (FIIs), que voltaram com força desde o final de 2020. Uma vez que as emissões de CRIs têm se concentrado nas ofertas para investidores profissionais, os investidores pessoa física que não conseguem acessar esse tipo de título, acabam usufruindo por meio dos fundos.
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