O grupo de loteamento urbano Nova Harmonia, com sede em Goiás, pediu hoje (10) registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), no momento em que empresas do ramo imobiliário no Brasil têm enfrentado análises mais cuidadosas de investidores.
O grupo, que surgiu no final do ano passado da união entre a Harmonia Urbanismo e a Nova Bairros Planejados, tem foco em cidades com população a partir de 75 mil habitantes, um universo de 436 municípios, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.
A Nova Harmonia, que afirma no prospecto preliminar ter tido receita líquida de R$ 262 milhões em 2020, diz também que seu estoque de terrenos soma R$ 5,6 bilhões, ativos que serão usados para lançar cerca de 60 mil unidades imobiliárias.
A oferta, que será coordenada por XP e Itaú BBA, visa a captar recursos para a empresa comprar terrenos, reformar ativos atuais, reforçar o caixa e acelerar o ritmo de obras. Membros das famílias fundadoras das empresas que deram origem ao grupo também vão vender participação no negócio.
O anúncio acontece enquanto investidores têm se mostrado mais seletivos em relação a papéis de empresas imobiliárias, com uma onda delas rumo ao mercado de ações desde o ano passado tentando vender ações para financiar planos de expansão.
Porém, mesmo com um boom no setor na esteira de juro na mínima recorde no país, diante da recessão criada pelos efeitos da pandemia de Covid-19, nem todas conseguiram convencer investidores que são um bom negócio.
Até agora neste ano, a Canopus e a Emccamp Residencial desistiram de seus planos de captar recursos no mercado por meio de listagem na B3. Em 2020, as desistências incluíram as construtoras Riva 9, You Inc, Alpahaville Urbanismo, Housi, Patrimar Engenharia, One Innovation, Pacaembu Construtora, HRB Realty e BRZ Empreendimentos. (Com Reuters)
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