O Ibovespa opera em altas nos primeiros negócios de hoje (18), descolando do movimento negativo no exterior com suporte dos preços das commodities puxando a Petrobras e estreia da CSN Mineração na B3. No radar dos mercados globais, no entanto, segue a expectativa de inflação nos EUA diante da iminente aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão pelo Congresso e da disparada nos preços do petróleo.
A leitura dos investidores é que o suporte trilionário à economia proposto pelo presidente Joe Biden irá colaborar para o aumento na inflação no país. Como reflexo da projeção inflacionária, os rendimentos dos títulos da dívida pública dos EUA avançam e ontem chegaram aos maiores patamares dos últimos meses. A renda fixa dos EUA é considerada a mais segura do mundo e, com ela pagando mais, ativos mais arriscados, como as ações, despertam menor interesse dos investidores.
A taxa do Treasury de dez anos trabalhava próxima a seus níveis mais altos em um ano, oscilando em torno de 1,3% nesta manhã.
O plano de US$ 1,9 trilhão ainda está em discussão no Congresso dos EUA. Os recursos serão destinados à suplementação do auxílio desemprego dos norte-americanos, pagamentos diretos às famílias e a vacinação contra a Covid-19.
No cenário doméstico, a agenda do Congresso está suspensa enquanto parlamentares buscam uma solução jurídica para o caso do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso após pedir o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF). A crise institucional acontece enquanto o governo trabalha com o Congresso no texto do novo auxílio emergencial, que deveria ser finalizado nesta semana. Estudos com o objetivo de viabilizar pagamentos de R$ 250 por quatro meses a partir de março estão em andamento, mas há pressão de alguns congressistas para um valor maior.
O dólar opera recua 0,35% a R$ 5,39 na venda na manhã desta quinta-feira, refletindo um leve arrefecimento da divisa norte-americana no exterior. Apesar do recuo contra uma cesta de pares, o dólar ainda segue próximo a máximas recentes, depois que dados econômicos promissores dos Estados Unidos e a alta dos rendimentos dos Treasuries nos últimos dias elevaram a busca pela moeda.
“O dólar está se enfraquecendo globalmente, então o real está se fortalecendo junto a moedas emergentes sul-americanas e de outras regiões”, explicou à Reuters Thomás Gibertoni, analista da Portofino Multi Family Office. (Com Reuters)
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