O Ibovespa encerrou o dia em forte alta, ganhando 2,13% aos 117.517 pontos, com a Eneva capitaneando os ganhos na sessão. Além do retorno pelo apetite por riscos nos mercados globais, o índice brasileiro teve suporte da baixa adesão dos caminhoneiros à greve da categoria e das expectativas de vitória dos candidatos apoiados pelo governo na eleição para a Câmara e Senado. A leitura é de que uma vitória nas duas Casas abriria caminho para as aguardadas reformas econômicas.
No exterior, o pregão também foi positivo, com os principais índices norte-americanos recuperando-se após a forte liquidação da última semana, quando os benchmarks registraram o pior desempenho semanal desde outubro. Em Wall Street, traders e investidores do varejo apostam agora em outro ativo para promover um short squeeze na briga contra fundos de hedge: a prata. Os contratos futuros do metal dispararam para máximas de quase oito anos hoje.
Os investidores norte-americanos também monitoraram as negociações para um pacote de alívio à economia dos Estados Unidos. Um grupo de senadores republicanos discute uma contraproposta mais enxuta com a Casa Branca, da ordem de US$ 618 bilhões, enquanto o pacote proposto pelo presidente Joe Biden era de US$ 1,9 trilhão.
O Nasdaq Composite liderou os ganhos no dia, avançando 2,55% aos 13.403 pontos, enquanto o Dow Jones encerrou o dia avançando 0,76% aos 30.211 pontos e o S&P 500 teve alta de 1,61% aos 3.773 pontos.
O dólar fechou em queda contra o real nesta segunda-feira, terminando o dia a R$ 5,44 na venda, queda de 0,40% na sessão, com maior demanda por ativos de risco no exterior e com o foco do mercado doméstico voltado para as perspectivas sobre a pauta econômica após as eleições no Congresso desta noite.
Eleições no Congresso
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal escolhem nesta segunda suas novas mesas diretoras: presidentes, vice-presidentes, secretários e suplentes. O ponto de atenção do mercado em relação às eleições no Congresso está ligado aos desdobramentos do pleito para a agenda de reformas.
Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – aliado do presidente Jair Bolsonaro – e Baleia Rossi (MDB-SP) – candidato do atual chefe da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – são os principais nomes. No Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – apoiado por Bolsonaro e pelo PT – e Simone Tebet (MDB-MS) são os candidatos.
“Ter dois aliados no comando da Câmara e do Senado será logicamente positivo para o governo. Isso, entretanto, não significa que haverá alinhamento automático dos presidentes aos anseios do governo”, disse em relatório a Dominium Consultoria, especializada em relações institucionais e governamentais.
“Não tendo obstáculos no Congresso, a chave das reformas dependerá mais do que engajamento e compromisso de Bolsonaro e dos cálculos políticos que o presidente fará, ponderando os efeitos econômicos (corte de gastos) e popularidade/desgaste do governo, tendo como meta a reeleição em 2022”, acrescentou a casa.
A Fitch Ratings disse nesta segunda que o ano de 2021 será chave para o governo brasileiro revitalizar sua agenda de reformas fiscais, mas ponderou que a incerteza política nubla o cenário.
A questão fiscal é apontada por analistas como um dos principais motivos para o descolamento do real em relação a seus pares. A moeda brasileira tem o pior desempenho neste ano, em queda de 4,72% ante o dólar, depois de em 2020 perder mais de 20% e também figurar entre as últimas posições. (Com Reuters)
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
ENEV3: +13,51% a R$ 71,06
ELET6: +8,98% a R$ 31,32
ELET3: +7,46% a R$ 30,83
BRKM5: +5,53% a R$ 25,56
PCAR3: +5,21% a R$ 79,41
Maiores Baixas
VVAR3: -2,11% a R$ 14,38
MGLU3: -1,35% a R$ 24,93
NTCO3: -1,22% a R$ 48,46
SULA11: -1,00% a R$ 39,51
LREN3: -0,96% a R$ 41,07
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