Os preços no atacado pressionaram com força e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) iniciou 2021 acelerando a alta em janeiro a 2,91%, de 0,76% no mês anterior, informou hoje (5) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou acima da expectativa de alta de 2,74% em pesquisa da Reuters. Com isso, o índice acumula avanço de 26,55% em 12 meses, o maior patamar desde junho de 2003, quando a alta foi de 26,94%.
No primeiro mês do ano, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, disparou 3,92% depois de alta de 0,68% em dezembro.
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As matérias-primas brutas tiveram no mês um salto de 7,29%, após terem recuado 0,81% em dezembro. Os destaques para esse resultado foram os itens: soja em grão (-12,72% para 6,49%), milho em grão (-6,77% para 8,34%) e minério de ferro (13,32% para 16,69%).
Também contribuiu para o resultado do IPA o avanço de 2,88% em janeiro dos bens intermediários, de alta de 1,60% no mês anterior, sob o peso de materiais e componentes para a manufatura. Para o consumidor, a alta dos preços arrefeceu, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, subiu 0,27% em janeiro, de 1,07% no mês anterior.
Entre os destaques, o custo de habitação passou a cair 1,16% em janeiro de alta de 2,87% antes, enquanto a alta de alimentação enfraqueceu de 1,47% para 1,24%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou em janeiro alta de 0,89%, de 0,70% em dezembro.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (com Reuters)
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