A Klabin, maior fabricante de papel para embalagens do país, teve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2020, e mais do que dobrou o resultado do mesmo período de 2019, com o maior volume de vendas, recuperação de preços e a depreciação cambial beneficiando as receitas.
A receita líquida somou R$ 3,3 bilhões de outubro a dezembro, crescimento de 22% na comparação ano a ano, enquanto o mercado interno respondeu por 65%. O volume de vendas somou 941 mil toneladas, de 927 mil um ano antes.
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“Além do aumento no volume de vendas totais e o impacto positivo da desvalorização do real no período, ocorreram novos aumentos de preços em celulose, papéis e embalagens, em decorrência da forte demanda tanto no mercado local quanto no externo”, explicou a companhia em comunicado sobre o balanço divulgado hoje (10).
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 1,3 bilhão, ou R$ 1,1 bilhão se excluídos efeitos não recorrentes, em relação aos R$ 965 milhões registrados no mesmo período de 2019. Projeções compiladas pela Refinitv apontavam Ebitda de R$ 1,1 bilhão.
O custo caixa unitário total, que contempla a venda de todos os produtos da companhia, foi de R$ 2 mil por tonelada no trimestre, aumento de 24% ano a ano, excluído efeito não recorrente de ganho de compra na aquisição dos ativos da International Paper de R$ 206 milhões.
Ao desconsiderar os efeitos de parada de manutenção, o custo caixa unitário de produção de celulose, que contempla os custos de produção das fibras curta, longa e fluff e as toneladas produzidas de celulose no período, foi de R$ 755 por tonelada no trimestre, alta de 10%.
No fechamento do último trimestre de 2020, o endividamento líquido da Klabin somava R$ 19,7 bilhões, acima do montante apurado ao final de 2019 (R$ 14,3 bilhões), mas abaixo do valor registrado no final do terceiro trimestre do ano passado (R$ 21 bilhões).
O fluxo de caixa livre ajustado da Klabin, desconsiderando fatores discricionários e projetos de expansão, atingiu R$ 1,1 bilhão no trimestre, de R$ 679 milhões um ano antes. Da dívida total da companhia, que inclui operações de financiamento com swap de taxas de real para dólar, R$ 20 bilhões, ou 79%, são denominadas em dólar.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 176 milhões, contra resultado negativo de R$ 30 milhões um ano antes, com as despesas financeiras somando R$ 718 milhões, fruto majoritariamente de despesas não recorrentes relativas à remensuração de cálculo de atualização monetária de crédito de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), no valor de R$ 310 milhões. (com Reuters)
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