Como forma de diversificar fontes de renda e se consolidar como uma plataforma habitacional, a construtora MRV lança hoje (25) o primeiro empreendimento residencial de sua nova marca para famílias de classe média. O Sensia Parque Prado, em Campinas, interior de São Paulo, é o primeiro passo da construtora, que pretende somar R$ 500 milhões em vendas em 2021, no segmento.
“A MRV está se transformando em um grupo que tem como objetivo expandir o portfólio com novas incorporadoras, como a Sensia”, conta Rodrigo Resende, diretor de novos negócios da construtora. “O mercado imobiliário focado na classe média já conta com vários players relevantes, mas estamos desenvolvendo nossa marca há mais de dois anos e buscando nossa posição em meio a esse público.” Dirigido a famílias com renda mensal acima de R$ 7 mil, o empreendimento apresenta um valor médio que vai de R$ 310 mil a R$ 600 mil.
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“O negócio é fruto de um estudo que nos mostrou que esse nicho de mercado tem potencial de alcançar cerca de 3 milhões de famílias no Brasil”, revela o executivo. Diante desse cenário, a empresa pretende, até 2023, alcançar R$ 1 bilhão por ano em valor geral de vendas (VGV). Já em 2021 a ideia é chegar a R$ 500 milhões.
Com planos para chegar a quatro cidades até junho – depois de Campinas, estão previstas Maceió, Manaus e Belo Horizonte -, a construtora ainda pretende expandir para Recife, Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba nos próximos anos. “O valor do imóvel varia de acordo com o mercado onde estamos. São Paulo tem um preço diferente de Campinas”, explica Resende.
Além da localidade, a possibilidade de personalização dos apartamentos influencia no valor final dos imóveis. “Nas pesquisas que fizemos sobre esse nicho de mercado, descobrimos que o público não gosta da imposição das incorporadoras sobre as plantas. Foi por isso que batizamos nosso empreendimento de ‘Sensia’, que vem da palavra ‘essência’, já que buscamos entregar um imóvel que seja do gosto do cliente”, diz o diretor. Por meio de centros de personalização, o futuro morador pode escolher o acabamento e as configurações do apartamento. “Ele pode transformar três quartos em dois ou integrar uma sala à cozinha, por exemplo.”
Com torres de 250 unidades e plantas que vão de 55 a 70 metros quadrados, o executivo revela o esforço para oferecer áreas de lazer que consolidem a imagem da marca para além dos imóveis populares, conquistada após anos de empreendimentos que se encaixavam no programa governamental Minha Casa Minha Vida. “Como os apartamentos são compactos, temos uma estrutura de entretenimento com sauna, piscina, quadras e serviços essenciais, como lavanderia.”
Sobre o cenário econômico atual, impactado pela Covid-19, o executivo diz que a construção civil está passando por um momento positivo. “Além de a taxa Selic estar em seu menor patamar histórico – o que contribui para que os juros do financiamento imobiliário estejam num patamar muito atraente –, o lar recebeu um novo significado por conta da pandemia: as pessoas passaram a perceber a importância de ter um local próprio, o que refletiu em uma procura fortíssima por imóveis após o segundo semestre de 2020.” Junto com o Urba, negócio de loteamento, e o Luggo, administração de imóveis alugados – que foram lançados nos últimos anos pela construtora -, a Sensia é a nova aposta da MRV para a expansão.
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