A economia de Hong Kong contraiu 6,1% em 2020, em seu pior desempenho desde 1998 durante a crise financeira asiática, mas os ganhos do mercado de ações proporcionaram certo alívio: o benchmark Hang Seng subiu 5% desde a última avaliação de fortunas da Forbes, realizada há 13 meses. Essa resiliência ajudou a impulsionar o patrimônio líquido combinado dos 50 mais ricos em 7,5%, para US$ 331 bilhões, ante US$ 308 bilhões no ano passado.
O “Superman” Li Ka-shing recuperou sua posição privilegiada como o mais rico da cidade em 2020, graças a um salto de 20% em sua fortuna para US$ 35,4 bilhões. Embora o preço das ações de sua incorporadora, a CK Asset Holdings, tenha caído 27% no período, Li se beneficiou de sua participação na empresa de videoconferência listada nos Estados Unidos, a Zoom. O magnata do setor imobiliário Lee Shau Kee, que ultrapassou Li no ano passado com uma pequena vantagem, caiu este ano para o segundo lugar, já que sua fortuna permaneceu relativamente inalterada em US$ 30,5 bilhões.
De longe, os maiores ganhadores de dólares no último ano foram o casal Yeung Kin-man e Lam Wai-ying, que se beneficiaram da crescente demanda por películas de vidro para smartphones feitas por sua empresa, a Biel Crystal. A dupla mais que dobrou sua fortuna, para US$ 18,6 bilhões e saltou seis posições para o quarto lugar.
Wong Man Li, do fabricante de móveis Man Wah Holdings, foi o maior ganhador deste ano em termos percentuais. Sua fortuna aumentou 200%, para US$ 6,3 bilhões, já que a demanda na China pelos produtos da Man Wah aumentou a receita anual da empresa em 19%, para US$ 857 milhões, no ano fiscal encerrado em setembro de 2020. Horst Julius Pudwill, que é destaque entre os bilionários de Hong Kong, aumentou em 81% sua fortuna, para US$ 6,7 bilhões. As ações de sua empresa, a Techtronic Industries, aumentaram com as vendas em expansão de ferramentas elétricas e produtos para cuidados domésticos.
Em uma cidade onde a riqueza está concentrada no mercado imobiliário – setor duramente atingido pela pandemia – não é surpresa que mais da metade dos 27 nomes na lista da Forbes que viram suas fortunas cair neste ano eram magnatas do setor imobiliário. Peter Woo, que abriu o capital da Wheelock & Co. em junho passado, contrariou essa tendência. Sua fortuna aumentou 47%, para US$ 17 bilhões, depois que Wheelock, que vinha negociando com um conglomerado, viu um aumento de 52% em valor de mercado após encerrar uma corrida de 57 anos como uma empresa de capital aberto.
Com os preços dos imóveis comerciais e os aluguéis sendo reduzidos, a maioria dos magnatas do ramo imobiliários sofreu um golpe, incluindo Vivien Chen, do Nan Fung Group, Joseph Lau, da Chinese Estates Holdings, Vincent Lo, da Shui On Land, Pan Sutong, da Goldin Properties e Tang Shing-bor, da Grupo Stan. O irmão de Lau, Thomas Lau, que tira grande parte de sua fortuna de shoppings e imóveis, caiu completamente.
O ranking deste ano tem apenas apenas um retorno: Goodwin Gaw, fundador da empresa de private equity Gaw Capital Partners, que aparece em 44º com US$ 1,6 bilhão, graças a novas informações sobre a estrutura acionária da empresa. O limite para a lista deste ano foi de US$ 1 bilhão, abaixo dos US$ 1,2 bilhão do ano passado.
Metodologia
A lista da Forbes foi compilada a partir de informações de indivíduos, bolsas de valores, analistas, bancos de dados privados, agências governamentais e outras fontes. Os patrimônios líquidos foram baseados nos preços das ações e taxas de câmbio no fechamento dos mercados em 5 de fevereiro e os patrimônios líquidos em tempo real na Forbes.com podem refletir avaliações diferentes. As empresas privadas foram avaliadas por meio de índices financeiros e outras comparações com empresas semelhantes que são negociadas publicamente. As estimativas incluem a riqueza do cônjuge e, quando a pessoa listada é também a fundadora da empresa, incluem a riqueza dos filhos e filhas. (Com Reuters)
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