Os meios eletrônicos devem pela primeira vez representar metade das compras do varejo no Brasil em 2021, previu hoje (9) o presidente da Abecs, Pedro Coutinho, à medida que a economia se recupera dos efeitos da pandemia de Covid-19.
A entidade, que representa emissoras de cartões de crédito e de débito, previu nesta terça que os pagamentos feitos por estes canais devem crescer de 18% a 20% em 2021, para R$ 2,38 trilhões.
No ano passado, mesmo com a queda estimada em cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, diante da crise provocada pela pandemia, os pagamentos com cartões cresceram 8,2%, para R$ 2 trilhões, com impulso do auxílio emergencial e da migração para canais digitais. Deste total, R$ 52,6 bilhões deveram-se a pagamentos feitos com recursos do auxílio emergencial.
Segundo Coutinho, uma extensão deste auxílio, que foi admitida na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro, poderia movimentar de 10 bilhões a 12 bilhões adicionais no mercado de cartões neste ano, se feito nos moldes discutidos, de três parcelas de R$ 200 e para um público mais restrito.
“A extensão do auxílio pode dar um reforço para o comércio e para o consumo”, disse ele em teleconferência com jornalistas.
O segmento de eletroeletrônicos foi um dos setores que mais sentiram o efeito da redução do auxílio emergencial, chegando a subir 30% no terceiro trimestre de 2020, no comparativo anual, reduzindo a alta para 24% nos últimos três meses do ano.
No varejo alimentício, após quatro trimestres seguidos de aceleração, as vendas se estabilizaram, também em meio à redução do valor do auxílio emergencial. (Com Reuters)
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