“A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, em inglês) pode deixar o Estado de Nova York se Albany (a capital do estado de NY) impuser um imposto de transferência sobre as vendas de ações”, afirmou a presidente da NYSE, Stacey Cunningham, em coluna no Wall Street Journal.
A presidente disse que ela e 25 outros representantes da indústria de valores mobiliários de Nova York enviaram uma carta na última quarta-feira (3) aos líderes parlamentares estaduais, e alertaram contra as consequências não intencionais da aplicação de tal imposto, que em última instância seria arcado pelos investidores.
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“A Bolsa de Valores de Nova York pertence a Nova York. Se os parlamentares de Albany conseguirem o que querem, no entanto, o centro da indústria financeira global pode precisar encontrar um novo lar”, disse ela.
O Estado de Nova York está enfrentando grandes déficits orçamentários devido à pandemia, o que levou alguns parlamentares estaduais a apresentar um projeto de lei que prevê a tributação de determinadas transações financeiras. Contudo, a ideia de um novo imposto sobre transações parece ter pouco apoio no gabinete do governador.
Quando o assunto foi levantado em entrevista coletiva em janeiro, o Diretor de Orçamento, Robert Mujica, disse que muitas ideias sobre esses impostos “não foram detalhadas”, de acordo com uma cópia das declarações fornecida à Reuters por uma autoridade da Divisão de Orçamento do Estado de Nova York.
Mujica apontou um imposto financeiro que havia sido proposto no ano passado em Nova Jersey, onde muitas bolsas hospedam seus servidores, e observou que as bolsas se mobilizaram rapidamente para mover temporariamente seus funcionários e atividades para fora do Estado.
A pandemia mostrou que as pessoas podem fazer negócios em qualquer lugar, disse ele. “Então, se aumentarmos o imposto assim, você mobiliza as pessoas, potencialmente apenas transfere suas transações e seus servidores para outra região do país onde esses impostos não existam”, concluiu. (com Reuters)
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