Um parque eólico no Rio Grande do Norte adquirido recentemente pela AES Brasil teve duas turbinas avariadas nos últimos dias, em incidentes que agora são alvo de investigações da companhia e da fabricante das máquinas norte-americana GE.
Procurada, a GE confirmou que houve o registro de “um incidente” no parque eólico Rei dos Ventos. “Ninguém foi ferido. Estamos trabalhando junto ao proprietário do parque e autoridades para garantir a segurança na área impactada e identificar a causa-raiz do incidente”, disse a fabricante em nota.
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A AES Brasil, unidade da norte-americana AES, afirmou que dois aerogeradores foram afetados, mas também ressaltou que não houve vítimas e nem danos materiais a terceiros. “Prezando pela segurança das pessoas, assim que identificada a primeira ocorrência, a circulação na área onde estão os equipamentos passou a ser controlada e as máquinas do parque Rei dos Ventos 3 foram desligadas”, explicou, sem entrar em detalhes.
A GE não respondeu a um pedido de comentários específico sobre a repetição dos problemas nos equipamentos eólicos. A aquisição do parque eólico Rei dos Ventos foi anunciada pela AES Brasil em agosto passado, em uma transação que contemplou ainda outros ativos eólicos que pertenciam à J. Malucelli e envolve até R$ 650 milhões.
Imagens que circulam pela internet, que tiveram a autenticidade confirmada pela Reuters junto a duas fontes, mostram que um dos equipamentos sofreu um incêndio, enquanto parte de outra turbina despencou de cima da torre onde estava montada.
A usina no Rio Grande do Norte, que teve a compra pela AES Brasil concluída em dezembro, utiliza turbinas eólicas fabricadas pela francesa Alstom, cuja divisão de energia teve uma fusão com a GE, segundo as fontes.
O primeiro incidente, no domingo (7), deixou uma turbina em chamas, emitindo uma fumaça negra. O outro, na segunda-feira (8), envolveu a queda de um aerogerador de cima da torre, segundo as fontes.
A AES Brasil disse que “está trabalhando junto aos assessores especializados a fim de identificar as causas do ocorrido e garantir a normalidade da situação”. A usina eólica em questão está em operação desde 2014. O caso não é o primeiro registrado no Brasil envolvendo problemas com máquinas eólicas da GE.
Em 2019, houve casos de equipamentos danificados que precisaram ser paralisados em ao menos um parque eólico da Omega Geração no Maranhão e em uma usina da Echoenergia em Pernambuco. Naquele ano, a empresa enfrentou também registros de colapsos de máquinas eólicas nos EUA.
A AES Brasil tem buscado acelerar a expansão de seus negócios no Brasil com foco principalmente em usinas eólicas e solares. Já a GE é uma das maiores fornecedoras do setor de energia eólica do país, onde já forneceu e instalou milhares de turbinas. (com Reuters)
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