A Toyota disse hoje (10) que tem estoque de chips que deve durar até quatro meses e não espera que uma escassez global dos componentes impacte a produção de imediato, aumentando a previsão de lucro do ano para crescimento de 54%.
Ao contrário de outras montadoras, incluindo as japonesas Nissan e Honda, que tiveram que cortar a produção por causa da escassez de semicondutores, a Toyota elevou a produção no ano fiscal encerrado em março. As ações da Toyota, maior montadora do mundo em vendas, fecharam com alta de 1,7% após atingir seu nível mais alto desde julho de 2015.
“Para o curto prazo, não vemos qualquer redução no volume de produção devido à escassez de chips”, disse o vice-presidente financeiro Kenta Kon em apresentação.
Kon disse que a Toyota ouviu que a falta de chips em todo o mundo pode continuar até o meio do ano, embora a situação possa se resolver mais cedo.
Questionado sobre porque a montadora está vendo um impacto limitado em comparação com os concorrentes, Kon disse que a Toyota tem informado constantemente seus planos de volume de produção de curto e longo prazo aos fornecedores.
A fabricante do crossover RAV4 SUV e do híbrido Prius disse que espera vender 9,73 milhões de veículos neste ano, 3,3% acima da previsão anterior de 9,42 milhões, mas ainda abaixo dos 10,46 milhões do ano passado.
“O fato de a Toyota não ser amplamente afetada pela falta de chips agora é um catalisador encorajador”, disse Hideyuki Suzuki, diretor de pesquisa da SBI Securities.
Para o ano fiscal encerrado em 31 de março, a Toyota agora espera lucro operacional recorde de 2 trilhões de ienes (US$ 19,13 bilhões), muito maior do que uma projeção anterior de 1,3 trilhão de ienes e bem acima de uma previsão média de 1,542 trilhão de ienes com base em estimativas de analistas, segundo dados da Refinitiv.
A Toyota disse que o lucro operacional subiu para 987,9 bilhões de ienes no trimestre encerrado em dezembro, contra previsão média de lucro de 565,51 bilhões de ienes de analistas consultados pela Refinitiv SmartEstimate. (Com Reuters)
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