O presidente-executivo do BB (Banco do Brasil), André Brandão, renunciou ao cargo hoje (18), marcando o desfecho de um desgaste do executivo com o presidente Jair Bolsonaro após o anúncio de demissões e fechamento de agências. Por meio de fato relevante, o BB informou que o pedido de Brandão, menos de seis meses após ter assumido o cargo, terá efeito a partir de 1 de abril. O banco não revelou quem será o sucessor do executivo.
O desgaste começou em janeiro, após o BB ter anunciado um plano para fechar 361 agências e abrir um programa de demissão voluntária para 5 mil funcionários, com objetivo de economizar R$ 2,7 bilhões até 2025.
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O potencial desgaste político da medida desagradou Bolsonaro, que ameaçou demitir Brandão. O executivo assumiu o comando do BB em setembro, depois de uma carreira internacional no banco HSBC. Ele substituiu Rubem Novaes, já indicado neste governo.
O BB passou as últimas semanas negando que tivesse havido pedido do governo federal, controlador do banco, para uma troca no comando e que o mal estar teria sido apenas um problema de comunicação.
No entanto, o próprio Brandão manifestou a interlocutores desconforto em permanecer no cargo, publicou a Reuters no final de fevereiro citando uma fonte com conhecimento do assunto, dias após Bolsonaro ter anunciado a troca do comando da Petrobras.
A saída de Brandão pode reforçar a percepção de investidores de ingerência do governo federal em estatais, cujas ações têm registrado grande volatilidade no mercado nas últimas semanas. (Com Reuters)
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