O Banco Central autorizou hoje (30) arranjos das bandeiras de cartões Visa e Mastercard a usarem o WhatsApp, serviço de mensagem do Facebook, para pagamentos, cerca de nove meses após ter limitado a parceria a um período de testes antes de ser lançada em larga escala.
Anunciada em junho do ano passado, a parceria que também envolvia a Cielo, foi logo barrada tanto pelo BC quanto pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que alegaram tanto riscos ao SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) quanto à concorrência, dada a posição dominante de mercado da Cielo e do Facebook.
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Posteriormente, BC e Cade pediram esclarecimentos sobre a estrutura de remuneração dos serviços e a autoridade monetária autorizou a retomada da parceria em fase de testes, enquanto avançava com o sistema instantâneo de pagamentos, PIX, lançado em novembro.
Ao anunciar a autorização nesta noite, o BC disse acreditar que os arranjos “poderão abrir novas perspectivas de redução de custos para os usuários de serviços de pagamentos”.
Mas agregou que a autorização não inclui os pleitos de Visa e Mastercard para funcionamento dos arranjos de compra vinculados ao Facebook Pay, que seguem em análise.
Mais cedo, em evento do banco Daycoval, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que em breve o WhatsApp seria aprovado no Brasil e que há outros sistemas juntando mídias sociais e finanças.
Em nota após o anúncio do BC, um porta-voz do WhatsApp afirmou ter recebido a decisão do BC “com muita satisfação” e que está em preparativos finais para disponibilizar a funcionalidade no Brasil.
“Agora, mais do que nunca, pagamentos digitais seguros e convenientes oferecem uma solução vital para transferir dinheiro rapidamente para pessoas que necessitam e auxiliar empresas em sua recuperação econômica”, diz trecho da nota do WhatsApp.
Já a Visa afirmou que recebeu “com satisfação a decisão do Banco Central e espera continuar seu trabalho com emissores e o WhatsApp para habilitar os pagamentos pelo aplicativo, tornando-o disponível para todos no Brasil”. (Com Reuters)
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