A chinesa Didi Chuxing está inclinada a escolher Nova York em vez de Hong Kong para sua IPO (oferta inicial de ações), visando uma avaliação de pelo menos US$ 100 bilhões, confirmaram duas fontes ligadas ao assunto.
A Didi também teria discutido a opção de listar por meio de uma SPAC (Empresa de Aquisição de Propósito Específico), disseram contatos à Reuters, o que envolveria a fusão com uma firma de investimento que levanta capital por meio de IPO nos EUA. Apesar disso, as fontes disseram que essa opção foi vista pelo grupo como menos viável.
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Com essa meta de avaliação, a Didi poderia levantar cerca de US$ 10 bilhões se vendesse 10% de suas ações, o que seria o maior IPO chinês nos EUA desde a estreia de US$ 25 bilhões do Alibaba, em 2014.
Outro contato próximo da empresa disse que o grupo também avalia uma listagem em Hong Kong, além de nos EUA. A Didi disse que não tem plano definido sobre o local e cronograma da oferta.
Duas fontes ainda disseram que a preferência por Nova York para a listagem reflete em parte preocupações de que um pedido de IPO de Hong Kong passe por um escrutínio regulatório mais rígido sobre as práticas de negócios da empresa, incluindo o uso de veículos sem licença e motoristas em meio período.Autoridades de Xangai chegaram a multar a Didi por esses motivos em 2019. Naquela época, a empresa respondeu a ação lançando uma campanha para melhorar a segurança dos passageiros.
Outra vantagem que a Didi vê num IPO em Nova York é o ritmo de listagem mais previsível e um pool de capital maior, além do que o negócio pode ocorrer no segundo trimestre.
Em um sinal de desafio para as empresas de transporte por aplicativo, a menor rival doméstica da Didi, Dida, pediu registro para IPO em Hong Kong em outubro passado e tem recebido várias consultas da bolsa, disse uma sétima fonte.
As dúvidas são ligadas principalmente a questões como compliance empresarial, além de que a empresa ainda não obteve audiência com a bolsa, confirmou um dos contatos. A listagem da Didi nos EUA ampliaria o ímpeto das empresas chinesas que buscaram esse mercado nos últimos dois anos, apesar do aumento das tensões entre as duas maiores economias do mundo.
No ano passado, as empresas chinesas levantaram US$ 12 bilhões em listagens nos EUA, mais do que o triplo do valor arrecadado em 2019, de acordo com dados do Refinitiv. A Didi foi avaliada em US$ 56 bilhões em uma rodada de investimentos em 2017 e sua avaliação ultrapassou os US$ 60 bilhões um ano depois, disseram as fontes. (Com Reuters)
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