As ações turcas despencavam novamente hoje (23), enquanto a lira deu um breve mergulho à medida que investidores, bancos e depositantes locais procuravam prever se o banco central estaria prestes a cortar os juros após a mudança de sua presidência no fim de semana.
A moeda chegou a despencar até 15% ontem (22) depois que o presidente Tayyip Erdogan demitiu abruptamente o chefe do banco central e criticou a postura de aperto monetário do país, incluindo sua taxa de juros de 19%.
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Políticos da oposição criticaram o que chamaram de uma jogada perigosa e desconcertante do presidente para destituir um presidente de banco central, Naci Agbal, que conquistou credibilidade no mercado como combatente da inflação em menos de cinco meses no cargo.
“Cada erro em que você insiste nos leva a problemas ainda mais graves. Estamos à beira de uma crise de balanço de pagamentos”, disse a presidente do Partido Iyi, Meral Aksener, ao Parlamento.
A lira ficava estável em 7,81 em relação ao dólar, após uma queda anterior de 1%. Ontem (22), a moeda foi a 8,485 por dólar, perto de uma mínima recorde, e devolveu metade de seus ganhos acumulados desde que Agbal foi nomeado, no início de novembro.
‘Circuit breakers’ interromperam brevemente as negociações duas vezes na bolsa de valores de Istambul, em que o índice principal despencava 7%. O índice recuou 10% um dia antes, em sua maior liquidação desde meados de 2013.
As ações de bancos lideraram a venda, enquanto uma alta nos rendimentos dos títulos do governo turco para perto de uma máxima em dois anos refletia a incerteza sobre para onde Sahap Kavcioglu, o novo chefe do banco central, dirigirá a política monetária.
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Kavcioglu procurou acalmar os nervos no domingo em uma ligação com executivos-chefes de bancos, na qual ele disse que a política monetária não mudaria tão cedo. Mas um banqueiro disse que os executivos não estavam convencidos e os credores turcos desde então têm hesitado.
Alguns investidores disseram esperar que a autarquia comece a cortar os juros na reunião de política monetária de 15 de abril, após a terceira nomeação surpresa para o banco central desde meados de 2019. (Com Reuters)
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