A Equatorial Energia, que controla uma série de distribuidoras de eletricidade no Norte e Nordeste e possui negócios em transmissão, registrou lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no quarto trimestre, com avanço de 6,8% na comparação anual, impulsionada por empresas adquiridas em privatizações.
A empresa disse que o lucro ajustado, que não leva em consideração efeitos não recorrentes, atingiu R$ 928 milhões, com salto de 29,8% na comparação anual.
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No ano completo de 2020, a Equatorial registrou ganhos de R$ 2,975 bilhões, ou 23,2% a mais que em 2019, com boa contribuição dos resultados de suas distribuidoras no Piauí e Alagoas, adquiridas junto à Eletrobras em leilões de privatização realizados em 2018. Em base ajustada, o lucro foi de R$ 2,26 bilhões, alta de 52,1%.
A Equatorial disse que os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somaram 1,67 bilhão no último trimestre, em base ajustada, alta de 34,8% na comparação anual. A margem Ebitda avançou para 28%, de 20,1% em 2019.
A companhia registrou investimentos de R$ 917 milhões no período, com recuo frente ao 1,1 bilhão no mesmo período de 2019.
No total de 2020, os aportes da Equatorial somaram R$ 2,9 bilhões, ou 39,4% a menos que em 2019, quando atingiram R$ 4,8 bilhões.
A companhia encerrou o ano com dívida líquida de R$ 10,2 bilhões, queda de 3,8% ano a ano. Isso representou uma alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, de 2,1 vezes, contra 2,6 vezes no ano anterior.
A empresa destacou que seu caixa consolidado fechou ou ano em R$ 7,7 bilhões.
Unidades
Segundo a Equatorial, sua distribuidora no Piauí fechou o quarto trimestre de 2020 com lucro de R$ 570 milhões, revertendo perda de 14 milhões em 2019.
A Equatorial Alagoas lucrou 230 milhões no quarto trimestre, contra 207 milhões um ano antes. Houve avanços também nos resultados das distribuidoras do Maranhão (+9,5%) e do Pará (+8,4%).
O segmento de transmissão gerou lucro de R$ 219 milhões, abaixo dos R$ 577 milhões do ano anterior.
Já a unidade de serviços 55 Soluções viu ganhos de R$ 54 milhões no quarto trimestre, contra R$ 26 milhões no ano anterior.
Privatizações
A empresa tem avaliado diversas oportunidades de investimento em expansão, disse hoje (25) o presidente da companhia, Augusto Miranda, que admitiu um possível interesse pelas privatizações da empresa de saneamento Cedae e da distribuidora de energia elétrica CEEE-D.
A Cedae está em preparação para desestatização pelo governo do Rio de janeiro, enquanto a CEEE-D tem licitação para venda do controle já agendada pelo governo do Rio Grande do Sul para 31 de março.
“Cedae não tem nada definido, temos que seguir todo o rito, depois subir para (análise do) conselho. Olhar, a gente tem que olhar, a gente olha, mas não tem nenhuma deliberação ainda. A mesma coisa com a CEEE”, afirmou Miranda, durante teleconferência de resultados com investidores e analistas.
Mais cedo, ele destacou o apetite da Equatorial por novos negócios.
“Recentemente estruturamos a área de M&A (fusões e aquisições), dando mais robustez. Estamos analisando hoje um ‘pipeline’ de projetos muito mais extenso”, disse o CEO, sem abrir detalhes. (Com Reuters)
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