O Forbes Radar de hoje (23) apresenta os resultados trimestrais da Marisa, reportando prejuízo líquido de R$ 28 milhões no último trimestre de 2020 e ampliando o prejuízo anual para R$ 432 milhões em 2020, contra R$ 112 milhões de prejuízo em 2019. Na contramão, a Alupar fechou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 509,6 milhões, crescimento de 206,4% na comparação com o mesmo período de 2019, de R$ 166 milhões.
Também hoje é o primeiro dia para a reserva das ações da Blau Farmacêutica com o intervalo de preço entre R$ 44,60 e R$ 50,60.
Veja estes e outros destaques corporativos do dia:
Alupar (ALUP3)
A Alupar teve lucro líquido no quarto trimestre de 2020 de R$ 509,6 milhões, ante R$ 166 milhões na comparação com 2019, um crescimento de 206,4%. Já o lucro líquido anual fechou o ano passado em R$ 942 milhões, contra 2019 de R$ 890 milhões, uma alta de 5,8%.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do quarto trimestre ficou em R$ 1,6 bilhão, ante 2019 de R$ 664,9 milhões, um desempenho positivo de 154,7%. Já o anual saiu de R$ 2,5 bilhão há dois anos para R$ 3,4 bilhão em 2020, um crescimento de 35%.
IRB Brasil (IRBR3)
O IRB Brasil RE registrou lucro líquido de R$ 17,9 milhões em janeiro, revertendo prejuízo de R$ 132 milhões um ano antes. O faturamento bruto (prêmio emitido) cresceu quase 30%, para R$ 813,6 milhões.
De acordo com a empresa, o declínio no exterior está em linha com a estratégia do IRB de focar em negócios, linhas e mercados que possam agregar valor.
O faturamento de competência (prêmio ganho) totalizou R$ 410,9 milhões, alta de 20,9% ano a ano.
O índice de sinistralidade ficou em 70,6% no período, equivalente a uma despesa de sinistro de R$ 290,1 milhões, no esperado pela companhia.
O IRB acrescentou que, no período, não foram observados eventos extraordinários (one-offs) que mereçam destaque.
Em fevereiro, na ocasião da divulgação do balanço do último trimestre de 2020, o presidente da resseguradora, Antonio Cássio dos Santos, afirmou que o IRB terá lucro neste ano e voltará a divulgar previsões de desempenho anual.
Marisa (AMAR3)
A Marisa apresentou um prejuízo negativo no final de 2020. No último trimestre, a empresa fechou com um lucro negativo de R$ 28 milhões, ante o lucro líquido positivo de R$ 32 milhões nos últimos três meses de 2019. A companhia justificou que o resultado é devido ao impacto da pandemia de Covid-19.
O Ebitda trimestral ficou em R$ 29 milhões, ante R$ 108 milhões no quarto trimestre de 2019, ou seja, uma queda de 73,2%.
Outro ponto negativo que a Covid-19 trouxe para a Marisa foi a redução estrutural do estoque de 39% em 2020 e uma queda na venda de varejo de 7,2%.
O lucro líquido anual fechou negativo. O prejuízo de 2020 ficou em R$ 432 milhões, um crescimento de aproximadamente 26% em relação ao prejuízo de 2019 que foi de R$ 112 milhões.
Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras projetou um orçamento de investimentos de cerca de R$ 8,2 bilhões para 2021, com boa parte dos recursos voltados à retomada das obras da usina nuclear de Angra 3, disse a presidente interina da companhia, Elvira Presta, ontem (22), em entrevista.
“Um terço é para a obra de Angra 3”, disse ela, durante coletiva com jornalistas após uma teleconferência de resultados da empresa.
Em 2020, a Eletrobras realizou investimentos totais de R$ 3,1 bilhões, abaixo de uma previsão inicial de quase R$ 5,3 bilhões para o ano. A redução foi em parte devida à postergação de aportes associada a impactos da pandemia da Covid-19.
A Eletrobras também contratou uma consultoria e criou comissão interna para apoiar a escolha de um novo presidente-executivo, mas o nome que resultar do processo será submetido à palavra final da Casa Civil do governo federal, disse ontem o ex-CEO da empresa, Wilson Ferreira Jr.
“O processo de sucessão está avançado, já fizemos diversas entrevistas… várias pessoas foram consideradas”, afirmou ele, que ainda é conselheiro da companhia, durante teleconferência com investidores e analistas sobre os resultados de 2020.
CM Hospitalar (VVEO3)
O IPO, Oferta Pública Inicial, da distribuidora de produtos médicos Viveo, pode movimentar cerca de R$ 2 bilhões, segundo documento dos coordenadores da operação divulgado ontem (22) na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A previsão leva em conta a venda integral do lote base da oferta e que cada ação será vendida por R$ 22,87, no centro da faixa definida pelos coordenadores, que vai de R$ 19,92 a R$ 25,81 por papel. A fixação do preço está prevista para acontecer em 8 de abril, com as ações estreando na B3 em 12 abril.
Fundada em 1996 pela família Mafra, que hoje controla o negócio juntamente a família Bueno, fundadora do grupo Amil, a Viveo, cujo nome oficial é CM Hospitalar, surgiu com foco em exportação e importação de medicamentos.
A partir de 2017, acelerou seu crescimento por meio de aquisições, incluindo o grupo de higiene pessoal Flexicotton, e empresas como Biogenetix, Vitalab, Byogene, de produtos hospitalares; além de uma fatia da Far.Me, de farmacoterapia. A lista de aquisições inclui ainda a fabricante de vacinas Tecnocold e a de fraldas e descartáveis Cremer.
O grupo, que se apresenta como líder na distribuição de materiais médico-hospitalares e medicamentos no Brasil, com uma participação de mercado de 7%, diz no prospecto preliminar da oferta que tem 15 centros de distribuição no país.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
BR Distribuidora (BRDT3)
A empresa de combustíveis BR Distribuidora informou que seu conselho de administração recebeu pedido de renúncia do diretor-executivo de Comercial B2B da companhia, Marcelo Cruz Lopes.
“O diretor Marcelo Cruz permanecerá na companhia até 30 de abril de 2021, para período de transição. A companhia informa ainda que iniciará o processo seletivo para a escolha do novo diretor B2B”, disse a BR em comunicado nesta terça-feira.
Blau Farmacêutica (BLAU3)
Começa hoje (23) o período de reserva de ações da Blau Farmacêutica para pequenos investidores. O prazo termina em 5 de abril.
O intervalo no preço dos ativos está entre R$ 44,60 e R$ 50,60, e será fixado em 6 de abril. Com a venda de 44,8 milhões de papéis, a Blau Farmacêutica pode levantar R$ 2,1 bilhões, sem considerar o lote adicional e suplementar, fazendo com o que seu CEO se torne um novo bilionário.
A empresa pretende investir o dinheiro captado no IPO em expansão da capacidade produtiva e verticalização de insumos estratégicos (53,5%); investimentos em centros de coleta de plasma nos Estados Unidos (10,5%); reserva de capital para possíveis aquisições (6%); pagamento do restante da aquisição da Pharma Limírio (6%); e pré-pagamento das debêntures da 2ª, 4ª e 5ª emissões (24%).
A estreia da companhia na Bolsa brasileira está marcada para 8 de abril.
Petrobras (PETR4)
A Petrobras informou o início da fase vinculante referente à venda da totalidade de suas participações nas concessões de Albacora e Albacora Leste, localizadas predominantemente em águas profundas na Bacia de Campos.
Os potenciais compradores habilitados para essa fase receberão carta-convite com instruções detalhadas sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes.
Segundo a petrolífera, “essa operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial, ou seja, aqueles que sejam mais resilientes frente às oscilações do preço do petróleo, com menor risco e maior retorno financeiro.”
Ambev (ABEV3)
A Ambev construirá uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doará toda a produção para leitos de unidades de terapia intensiva do Estado de São Paulo, disse ontem (22) o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (DEM).
Após reunião com representantes dos fornecedores de oxigênio, coordenada pelo governador João Doria (PSDB), Garcia disse que foi garantido o abastecimento de oxigênio para os hospitais de SP, em um momento em que a ocupação das UTIs no Estado está acima de 91%.
“Fornecedores garantiram o abastecimento de oxigênio para os leitos de UTI do nosso Estado de São Paulo. A Ambev se prontificou a criar, num prazo de 10 dias, uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doar integralmente a produção, que será suficiente para 120 cilindros por dia”, disse Garcia em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Usiminas (USIM5)
A Usiminas informou que a produção de laminados pela sua unidade de siderurgia no ano até 20 de março foi de 1,1 milhão de toneladas, montante 19% acima da média diária do primeiro trimestre de 2020.
No período, a produção de placas da companhia foi de 680 mil toneladas, um aumento de 2% ano a ano.
O volume de vendas da unidade no período foi de 1,076 milhão de toneladas, 18% acima de um ano antes. O mercado interno respondeu por 1 milhão de toneladas, 93% do total e 28% acima da média de um ano antes. O mercado externo representou 75 mil toneladas, 7% do total, sendo destinado principalmente para clientes nacionais com cadeias produtivas no exterior.
Google (GOGL34)
O executivo sênior da área de meios de pagamentos do Google, Caesar Sengupta, anunciou ontem (22) que está deixando a empresa após 15 anos.
“Eu continuo tendo muito otimismo sobre o futuro do Google, mas é tempo para eu ver se posso me virar sozinho sem as rodinhas de treinamento”, disse Sengupta, em comunicado publicado no LinkedIn.
O executivo foi uma das principais pessoas por trás do lançamento do bem-sucedido serviço Google Pay na Índia e ajudou no relançamento do aplicativo nos Estados Unidos e Cingapura. A ferramenta de pagamentos é utilizada atualmente por mais de 150 milhões de usuários em 30 países.
(Com Reuters)
Calendário de divulgação dos próximos resultados:
- Dasa ON – 23 de março
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.