O Forbes Radar de hoje (11) destaca os balanços financeiros no quarto trimestre 2020 da Sinqia, que teve lucro líquido de R$ 3,08 milhões no período, resultado 15,96 vezes maior na comparação com 2019, enquanto a Aliansce Sonae viu seu lucro líquido recuar 89,5% também no 4º trimestre, para R$ 12,6 milhões.
A Eneva registrou lucro líquido recorde no último trimestre do ano, de R$ 686,5 milhões, alta de 87,9% em relação ao mesmo trimestre de 2019.
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Sinqia (SQIA3)
A Sinqia anunciou seus resultados de 2020. Em um ano marcado pela pandemia, seu impacto na economia global e na busca por transformação digital nas empresas, a companhia seguiu batendo novos recordes, com receita líquida de R$ 210 milhões, crescimento de 19,9% em comparação com o ano anterior. Os indicadores positivos também são vistos no Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 30,2 milhões, 43% a mais que em 2019.
A Sinqia teve lucro líquido de R$ 3,08 milhões no quarto trimestre de 2020. A cifra corresponde a um lucro 15,96 vezes maior que no mesmo período de 2019, com R$ 193 mil. Em 2020, a Sinqia registrou lucro de R$ 4,95 milhões, ante prejuízo de R$ 4,57 milhões em 2019.
Aliansce Sonae (ALSO3)
A Aliansce Sonae teve lucro líquido de R$ 12,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma queda de 89,5% em relação ao mesmo período de 2019. Durante o ano de 2020, o lucro líquido somou R$ 202,5 milhões, saltando 257,5% no comparativo anual.
A receita líquida ficou em R$ 224,8 milhões no último trimestre do ano, um recuo de 20,1% em relação ao trimestre anterior. Já no ano a receita acumulou R$ 797,6 milhões, uma alta de 7,3% comparado ao ano anterior.
O Ebitda ajustado foi de R$ 151,9 milhões no 4T20, uma queda de 27,8% em relação ao 4T19. O Ebitda anual foi de R$ 522,9 milhões, recuo de 24,6% em relação a 2019.
Eneva (ENEV3)
A Eneva registrou lucro líquido recorde de R$ 686,5 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 87,9% em relação ao mesmo período de 2019, impulsionado pela maior demanda por suas térmicas e maiores preços de venda de energia, disse à Reuters o diretor de Finanças, Marcelo Habibe, sobre balanço financeiro divulgado na noite de ontem (10).
Como resultado, o Ebitda consolidado ajustado atingiu R$ 614,7 milhões, impulsionado pelos maiores preços de venda de energia, despacho e menores custos operacionais.
A receita operacional líquida da companhia no quarto trimestre somou R$ 1,2 bilhão, alta de 10% ante o mesmo período do ano anterior. O executivo apontou ainda boas perspectivas para o resultado do primeiro trimestre, quando boa parte das térmicas permaneceram ligadas.
Em 2020, o lucro líquido atingiu R$ 1 bilhão, também recorde e alta de 67,7% ante o ano anterior. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 1,6 bilhão, alta de 8,2%.
Braskem (BRKM5)
A Braskem reportou lucro líquido de R$ 878 milhões para o quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 2,9 bilhões um ano antes, favorecido pela taxa de câmbio, além de melhores spreads e vendas maiores no Brasil.
O resultado operacional recorrente somou R$ 4,5 bilhões, disparando em relação aos R$ 993 milhões um ano antes, beneficiado, pela depreciação do real frente ao dólar, além de melhores spreads de resinas e principais químicos no Brasil, Polipropileno (PP) nos Estados Unidos e Polietileno (PE) no México, além do aumento no volume de vendas de resinas e químicos no mercado brasileiro.
A receita líquida de vendas somou R$ 18,7 bilhões, alta de 48%, com o custo do produto vendido subindo 25%, a R$ 13,8 bilhões, de acordo com os dados disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na madrugada desta quinta-feira.
A petroquímica registrou geração livre de caixa de R$ 2 bilhões nos últimos três meses do ano passado, um salto de 172% na comparação com o mesmo período de 2019.
Nesse contexto, a companhia encerrou o quarto trimestre com endividamento medido pela dívida líquida sobre o resultado operacional recorrente em dólares de 2,94 vezes, ante 4,71 vezes no final do ano anterior.
Em 2020, porém, a Braskem registrou prejuízo líquido de R$ 7 bilhões, em razão, principalmente, das provisões referentes ao evento geológico de Alagoas no montante de R$ 6,9 bilhões.
Além disso, a companhia citou impacto da variação cambial no resultado financeiro dada a depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida no montante de R$ 3,4 bilhões.
Cosan (CSAN3)
O conglomerado Cosan iniciou ontem (10) uma nova etapa em seus mais de 15 anos como empresa listada, focado nas Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, em inglês) de três companhias do grupo (Raízen, Compass e Moove) e no fortalecimento da Rumo, já negociada na B3. O anúncio aconteceu após a conclusão de reorganização societária que unificou três holdings (Cosan Limited, Cosan S.A. e Cosan Logística) e suas ações negociadas em Bolsa.
A ação da Cosan tem sido negociada em patamar de mais de R$ 90, máxima histórica atingida nesta semana, o que para o executivo é um sinal de que o mercado entende que a simplificação da estrutura qualifica a empresa a continuar tomando suas decisões. Seguindo essa lógica, os IPOs deverão ser realizados – e o CEO não descarta a efetivação das operações ainda neste ano.
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Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras informou ontem (10) que perdeu ação na justiça, em que pedia à União a divisão de uma dívida bilionária criada há 60 anos. A decisão foi proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A companhia informou que entrará com recurso, ainda que a decisão do STJ não altere as demonstrações financeiras da Eletrobras. O empréstimo compulsório foi criado nos anos 60 quando o governo procurava recursos para ampliar o setor elétrico. Dessa forma, era descontado da conta de luz dos clientes uma parcela do consumo por mês e eles poderiam investir tais valores em ativos da companhia. Dessa forma, o STJ manteve a dívida do empréstimo compulsório em R$ 17,9 bilhões
Ao mesmo tempo, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) decidiu autorizar a transferência das autorizações de titularidade das 11 Centrais Geradoras Eólicas envolvendo o Complexo Pindaí para uma subsidiária da Eletrobras, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF). São elas:
- Acauã Energia
- Angical 2 Energia
- Arapapá Energia
- Caititu 2 Energia
- Caititu 3 Energia
- Carcara Energia
- Currupião 3 Energia
- Teiú 2 Energia
- Coqueirinho 2 Energia
- Papagaio Energia
- Tamanduá Mirim 2 Energia
Aura Minerals (AURA33)
O conselho de administração da Aura Minerals divulgou o relatório técnico sobre o projeto em Ouro de Almas, no município de Almas, no Tocantins. Espera-se que o Projeto Almas inicie suas operações no segundo semestre de 2022 com investimento total, depois de impostos, estimado em aproximadamente US$ 73 milhões. Já o valor presente líquido após impostos (VPL) é de US$ 183 milhões, assumindo a média ponderada do consenso dos analistas de mercado para o preço do ouro a US$ 1,5 mil por onça para o período projetado.
Vale (VALE3)
A Vale informou que o conselho de administração da companhia aprovou os novos conselheiros administrativos, com o objetivo de propor melhorias relacionadas à estrutura, tamanho e composição do colegiado.
Os nomes serão submetidos à assembleia-geral da empresa, marcada para 30 de abril, quando serão eleitos 13 membros efetivos e um suplente. Dentre eles, um efetivo e seu suplente serão eleitos em votação separada, pelo conjunto dos empregados da companhia.
Os indicados como membros independentes são: Clinton James Dines, Elaine Dorward-King, José Luciano Duarte Penido, Maria Fernanda dos Santos Teixeira, Murilo César Lemos dos Santos Passos, Manuel Lino Silva de Sousa Oliveira (Ollie Oliveira), Roger Allan Downey e Sandra Maria Guerra de Azevedo.
Como membros não independentes os candidatos são Eduardo de Oliveira Rodrigues Filho, Fernando Jorge Buso Gomes, José Mauricio Pereira Coelho e Ken Yasuhara.
AES Tietê (TIET11)
A AES Tietê informou que no dia 2 de março terminou o prazo para os acionistas exercerem o recesso da deliberação dos ativos. O valor reembolsado foi de R$ 74,61 e será pago em 17 de março.
O direito de recesso é o direto que os acionistas minoritários possuem de se retirar da companhia, recebendo o valor das ações de sua propriedade, caso discordem de alguma deliberação na assembleia-geral.
Kallas
A Kallas desistiu de realizar sua Oferta Pública Inicial, ampliando a lista de construtoras cujos planos foram frustrados pela turbulência do mercado acionário nas últimas semanas, mesmo com o mercado imobiliário ainda em ebulição no país.
A companhia, que opera nos segmentos econômicos, de médio e de alto padrão, além de ter um braço de loteamentos e uma corretora imobiliária, entrou na lista de desistências de ofertas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No ano passado, com o Banco Central reduzindo a taxa do juro básico para a mínima histórica de 2% ao ano para tentar animar a economia atingida pela crise da Covid-19, dezenas de empresas, incluindo as do setor imobiliário, anunciaram planos de listagem na Bolsa para financiar projetos de expansão.
No entanto, a volatilidade do mercado diante de incertezas fiscais e políticas no país fez várias delas suspenderem os planos de venderem ações pela primeira vez. Com a Kallas, já são 16 desistências só em 2021, sendo 7 do ramo imobiliário. No ano passado, 10 das 24 desistências também foram do setor.
Qualicorp (QUAL3) e Rede D’Or São Luiz (RDOR3)
A Rede D’Or São Luiz passou a deter 72 milhões de ações ordinárias da Qualicorp, o que representa 25,51% do capital social da empresa.
A primeira participação acionária do grupo hospitalar na Qualicorp ocorreu em agosto de 2019, quando o fundador da administradora de planos de saúde, José Seripieri Filho, vendeu metade de sua participação para a Rede D’Or, que se tornou acionista majoritária.
(Com Reuters)
Calendário de divulgação dos próximos resultados:
- Energisa ON (ENGI3) – 11 de março
- BR Malls Par ON (BRML3) – 11 de março
- Light ON (LIGT3) – 11 de março
- Rodobens ON (RDNI3) – 11 de março
- Moura Dubeux On (MDNE3) – 11 de março
- Tenda ON (TEND3) – 11 de março
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