O Ibovespa encerrou o pregão de hoje em máxima de quase um mês, ganhando 2,22% aos 116.549 pontos na sessão e acompanhando o movimento de alta das Bolsas norte-americanas após o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) projetar um salto no crescimento econômico do país em 2021, para 6,5% ante 4,5% projetados em dezembro. O Fed também reiterou sua promessa de manter a taxa de juros entre zero e 0,25% nos próximos anos.
A recuperação foi também observada em Wall Street, com o Dow Jones subindo 0,58% aos 33.015 pontos, o S&P 500 ganhando 0,29% aos 3.974 pontos e o Nasdaq fechando em alta de 0,40% aos 13.525 pontos.
A autoridade monetária norte-americana vê ainda a taxa de desemprego no país caindo para 4,5% até o final do ano e inflação em 2,4%, superando a meta de 2% para 2021. A análise do Fed para a economia leva em conta a distribuição de vacinas contra o coronavírus e a aprovação de dois pacotes de gastos federais nos EUA, somando aproximadamente US$ 2,8 trilhões.
“O Fed considera a inflação na faixa de 2% um nível saudável para a economia, ao mesmo tempo que dá espaço para seguir com sua política monetária sem descontroles. Caso a inflação saia do controle, o Banco Central dos EUA reafirma que possui ferramentas para manter neste nível (faixa de 2%) saudável”, comenta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.
No Brasil, a decisão do Copom será conhecida a partir das 18h30, horário de Brasília. A expectativa do mercado é de elevação da Selic para 2,5% ao ano, a primeira alta na taxa básica da economia em quase seis anos.
O dólar sofreu uma reviravolta e fechou a sessão em queda, abandonando as altas do início do dia. O movimento local seguiu a virada da moeda nos mercados externos, após o Fed indicar que os juros ficarão perto de zero por pelo menos três anos.
Pouco antes da divulgação da decisão do Fed, o dólar operava em alta de 0,69%. Imediatamente após as 15h, a moeda virou e passou a mostrar forte queda. A divisa norte-americana encerrou a sessão recuando 0,61% a R$ 5,58 na venda.
No comunicado de política monetária, o BC dos EUA manteve os juros entre zero e 0,25% e sinalizou manutenção nesse patamar até 2023. Em coletiva de imprensa na sequência, Jerome Powell, chair do banco central norte-americano, não demonstrou preocupação com a inflação, nem expressou receio quanto ao recente salto nos rendimentos dos títulos.
O comunicado do Fed e a entrevista de Powell “claramente mostram um cenário mais calmo para os EUA em termos inflacionários, na contramão do contexto no Brasil. Sem juros altos no curto e médio prazo, com liquidez garantida”, afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset. (Com Reuters)
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