O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta a 2,71% em fevereiro, de 2,91% no mês anterior, ao refletir a menor pressão dos preços ao produtor, de acordo com os dados divulgados hoje (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 2,32% em fevereiro.
Diante do resultado do mês passado o índice acumula avanço de 29,95% em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, passou a subir 3,40% em fevereiro após disparar 3,92% em janeiro.
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O principal responsável para esse resultado foi o grupo Matérias-Primas Brutas, que reduziu sua alta a 2,08% no mês passado, após saltar 7,29% na leitura de janeiro.
Ainda assim, André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV Ibre, destacou o movimento de aceleração dos Bens Finais e Intermediários. O primeiro grupo saltou 1,80% em fevereiro, de 0,79% anteriormente, enquanto o segundo avançou 6,60%, após ganho de 2,88% em janeiro.
O consumidor viu a alta dos preços avançar, já que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que responde por 30% do IGP-DI – subiu 0,54% em fevereiro, de alta de 0,27% em janeiro.
A recuperação dos preços de Habitação, que subiram 0,08% em fevereiro, e deixou para trás a queda de 1,16% registrada em janeiro, que ficou entre os destaques do IPC, assim como o grupo Transportes, cujos preços saltaram 2,29% no mês passado, contra leitura anterior de 0,88%. Os preços das tarifas de eletricidade residencial e da gasolina foram os principais responsáveis por esse comportamento.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, acelerou a alta no período a 1,89%, de 0,89% em janeiro. O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (com Reuters)
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