O Morgan Stanley encerrou a recomendação de compra de dólares ante o real, à espera de alguma estabilização de curto prazo na taxa de câmbio. A decisão foi tomada após as sinalizações de política monetária dos bancos centrais brasileiro e norte-americano.
Apesar disso, a instituição privada manteve sugestão de aposta em alta da volatilidade cambial, por entender que os riscos de médio prazo seguem “intactos”.
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“Embora fundamentalmente o cenário siga muito desafiador, uma vez que os riscos fiscais continuam inclinados em direção a mais deterioração, o BCB está enviando um forte sinal ao antecipar o ciclo de altas de juros de forma a ancorar as expectativas de inflação”, disseram profissionais do banco em relatório.
“Nosso entendimento inicial era de que a política fiscal seria uma restrição, mas a decisão (do Copom) sugere que o BC vai priorizar seu mandato sobre a inflação e continuará a validar o prêmio de risco fiscal mais elevado se necessário, movendo-se à frente da curva.”
Por esse motivo, estrategistas do banco norte-americano decidiram fechar a posição que via alta na inflação implícita de dois anos –estratégia que envolvia NTN-B 2023 vs NTN-F 2023. “Alinhado a isso, esperamos que a curva de juros opere com viés de redução da inclinação no trecho de um a três anos”, disseram.
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O Morgan, contudo, manteve a recomendação de posicionamento que ganha com maior volatilidade do câmbio entre os vencimentos de três e um ano.
“A volatilidade de curto prazo do real continua a operar com prêmio vis-à-vis seus pares e vértices mais longos, o que torna uma exposição a uma curva em inclinação atrativa, já que esperamos que o segundo semestre de 2021 seja mais desafiador à medida que o calendário político complica o cenário para reformas estruturais”. (Com Reuters)
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