A Petrobras informou hoje (8) que recebeu ofícios do governo com seis indicações a cargos no conselho da empresa, incluindo nomes com experiência no setor de petróleo e gás, em movimento que abre caminho para a substituição do presidente-executivo da companhia após polêmica relacionada aos preços dos combustíveis.
A Petrobras informou que os ofícios mostram a recondução do atual presidente do conselho, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e de Ruy Flaks Schneider, ambos oficiais da reserva da Marinha. A União ainda pode realizar mais duas indicações de membros ao conselho de administração da companhia, acrescentou a empresa.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
O governo ainda apresentou como novidades no conselho o próprio Joaquim Silva e Luna, além de Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza e Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, esta última indicada pelo Ministério da Economia. Os nomes serão apreciados em assembleia geral extraordinária de acionistas, que ainda não tem dada marcada, de acordo com a empresa.
Na semana passada, a Petrobras havia informado a renúncia de João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha, todos indicados pelo governo para as cadeiras no conselho, além de Leonardo Pietro Antonelli, membro eleito por acionistas minoritários.
A saída acompanhou a indicação pelo governo Jair Bolsonaro de um novo presidente para a companhia, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, que deverá ter o nome apreciado pelos conselheiros, de acordo com as regras de governança da companhia.
Analistas do Credit Suisse disseram em nota a clientes que viram como “positiva” a lista de apontados pelo governo. “Houve três novos nomes, todos com experiência na indústria de óleo, gás e setor privado. Outros três nomes, todos ligados aos militares, já eram conhecidos”, escreveram.
No total, o colegiado de conselheiros da Petrobras conta com 11 membros, sendo sete deles indicados pelo acionista controlador. Três são representantes dos minoritários e um representa os funcionários, de acordo com informações do site da empresa.
O conselho da Petrobras aprovou, no final de fevereiro, a realização de uma assembleia extraordinária de acionistas para destituição de Castello Branco e nomeação de Luna como novo CEO, após pedido do Ministério de Minas e Energia.
Ainda não há data para essa assembleia, segundo a estatal. Na ocasião também devem ser eleitos os novos conselheiros e o presidente do colegiado. O estatuto da Petrobras define que o presidente da companhia deve ser escolhido pelo conselho dentre os seus membros. (com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.